César Romão: Nada nos tira de nosso destino

Nem sempre quem é forte hoje foi forte ontem. Encontrar nosso destino tem atalhos perigosos. “Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”. O mesmo Pedro que cortou a orelha de um soldado Romano e tornou-se a pedra da igreja, negou Jesus três vezes e escondeu-se assim como os outros discípulos durante a crucificação.

A tradição nos conta que Pedro morreu entre 64 e 69 d.C. durante a perseguição do imperador Nero. Foi preso em Roma na prisão Mamertina, onde hoje existe a Igreja San Pietro in Carcere e que nesta prisão batizou os guardas e foi libertado por eles. Foge então pelo caminho de saída de Roma pela estrada Imperial a Via Ápia. Enquanto fugia Jesus lhe apareceu. Pedro pergunta: Mestre o que faz aqui? Jesus responde: vim para ser crucificado em seu lugar caso não retorne a cidade para morrer como mártir. Escritos antigos de Eusébio de Cesaria, Jerônimo de Estridão e Tertuliano relatam o fato. Pedro retorna é capturado por soldados romanos e crucificado de cabeça para baixo, por não se considerar digno de sofrer o mesmo martírio que Jesus.

Nossos maiores temores podem nos afastar de nosso destino por algum tempo, mas não poderão fazê-lo o tempo todo. Em algum momento os prelúdios de nosso destino terão de ser cumpridos. Estes mesmos temores que nos tornam fracos podem nos fortalecer.

Existem momentos em que a fuga pode ser o único caminho, mas não significa o abando de nosso destino. Existe o tempo de se afastar, de se aproximar, até o tempo de questionar a fé e o tempo de ver a fé se materializar.

Talvez neste momento você esteja enfrentando alguma adversidade que aperta seu coração, confunde sua mente e te cria dúvidas. Mas não desista mesmo que esteja em fuga, à luz do criador sempre irá surgir no momento em que tudo parecer perdido.

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