Hoje, o dia 6 de janeiro, é conhecido como “Dia dos Santos Reis”, ou apenas “Dia de Reis”. Tem origem na tradição católica que relembra o momento em que Jesus Cristo, recém-nascido, recebeu a visita dos três Reis Magos vindos do Oriente Médio, guiados por uma estrela. A data também marca a época de retirar os presépios, guirlandas e enfeites das casas, e desmontar a famosa Árvore de Natal. E é a esta árvore que dedicaremos a coluna de hoje.
Você conhece a origem da Árvore de Natal? Existem várias hipóteses. Civilizações antigas que habitaram a Europa e a Ásia, no terceiro milênio antes de Cristo, já consideravam as árvores como um símbolo divino. Elas as cultivavam e realizavam festivais em sua homenagem. Geralmente, eram atribuídas a entidades mitológicas e, sua projeção vertical, desde as raízes fincadas no solo, marcava a simbólica aliança entre os céus e a mãe terra (ou mãe natureza).
Às vésperas do solstício de inverno, os povos pagãos dos países bálticos (Letônia, Estônia e Lituânia) cortavam pinheiros, levavam para seus lares e os enfeitavam de forma muito semelhante à que se faz nos dias atuais. Essa tradição passou aos povos Germânicos, que colocavam presentes para as crianças sob o carvalho sagrado do Deus Odin.
No início do século Vlll, o monge beneditino São Bonifácio, após ter falhado em destruir o costume pagão de enfeitar as árvores sagradas na região onde pregava (Alemanha central), resolveu associar o formato triangular do pinheiro à Santíssima Trindade e suas folhas resistentes e perenes à eternidade de Jesus. Nascia, então, a Árvore de Natal Cristã, que conhecemos hoje. Atualmente essa tradição é comum a católicos, protestantes e ortodoxos.
Segundo outra teoria, o primeiro a levar uma árvore de Natal para dentro de uma casa, na forma como conhecemos hoje, pode ter sido o monge protestante alemão do século XVI, Martinho Lutero. A história conta que, uma noite antes do Natal, ele estava andando pela floresta e olhou para cima para ver as estrelas brilhando por entre os galhos dos pinheiros cobertos de neve.
Decidiu, então, reproduzir em sua casa esta bela cena. Levou para dentro da sala uma árvore, e a enfeitou com velas para lembrar a luz das estrelas e algodão para se parecer com a neve nos galhos.
Hoje em dia, existem inúmeras possibilidades de se decorar a Árvore de Natal. As clássicas, abusam do vermelho, branco e dourado. Outras são mais ousadas, como a árvore pink, que vimos na novela “A Vida da Gente” de duas colunas atrás. (http://portaldoandreoli.com.br/fe-bedran-arte-na-tv-ah-o-natal/ ).
De qualquer forma, a maioria apresenta alguns elementos tradicionais:
Fugindo do tradicional verde e vermelho, a criatividade não tem limites:
Até a semana que vem onde traremos mais novidades e curiosidades!
Profissional de Cinema e Televisão, formada pela Boston University College of Communications em Broadcasting and Film. Com uma vasta experiência na área, passou os últimos 17 anos trabalhando como Produtora de Arte na TV Globo, desenvolvendo suas atividades tanto em Novelas e Seriados, como em Programas de Variedades (Caminho das Índias, Salve Jorge, Araguaia, Chocolate com Pimenta, Caldeirão do Huck, Malhação, Tamanho Família, Adnight, entre outros). Atualmente, trabalha independentemente em projetos culturais e na área de entretenimento. De natureza investigativa e curiosa, compartilha também a coluna sobre a nossa complexa e labiríntica língua portuguesa.
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