O tema de hoje é o Movimento He For She da ONU Mulheres pela igualdade de gêneros.
Já imagino que você deve estar achando que está na coluna errada, afinal, o que a igualdade de gêneros tem a ver com o empreendedorismo feminino?
As mulheres entram no mercado de trabalho e nem sempre recebem o mesmo salário que os homens ao exercerem a mesma função. Saliento que, no Brasil, as mulheres são maioria na população, buscam maior nível de escolaridade e muitas são chefes de família.
Atualmente, encontramos vários exemplos de mulheres em cargos de nível médio, mas ainda precisaremos trilhar um longo caminho, pois segundo uma projeção feita pelo Fórum Econômico Mundial, levaremos cerca de 100 anos para conquistarmos igualdade salarial no Brasil.
Quando ouvi isso pela primeira vez fiquei estarrecida! Que longo caminho temos a percorrer!
A mudança desse quadro começa com o empreendedorismo feminino, pois ao buscar um novo posicionamento na sociedade a questão da igualdade de gênero entra em discussão.
Importante salientar que a participação dos homens é fundamental para o sucesso de uma nova mentalidade e uma sociedade mais justa.
As mães devem incutir nos filhos a ideia de que somos igualmente capazes, que precisamos ser respeitadas como pessoas e não como propriedade, que temos a liberdade de escolha.
Pode parecer óbvio, mas não é. A questão da violência doméstica, do assédio e do baixo índice de mulheres em cargos de liderança pode ser modificado através de um esforço global.
Conheço muitos cases de sucesso de mulheres empresárias ou empreendedoras casadas, onde a participação dos maridos definiu o resultado alcançado. Ouvi relatos de homens que cuidaram dos filhos para que as esposas pudessem fazer o mestrado ou doutorado, outros que dividem os afazeres domésticos, mas em todos o que ficou claro é que nada disso seria possível se não houvesse a parceria.
O movimento He For She é um movimento de solidariedade, entender que podemos crescer juntos, que se deixarmos as mulheres empreenderem a economia terá um impacto positivo.
Lançado pelas Nações Unidas em 2014, tem como objetivo engajar homens de todas as idades para novas relações de gênero, ampliar o diálogo sobre os direitos das mulheres e acelerar a obtenção da igualdade de gênero.
A estratégia global é baseada nos seguintes princípios:
– Atenção: educação, sensibilização e conscientização
– Argumentação: impacto através de políticas e planejamento
– Ação: captação de recursos e outras ações
A boa notícia é que muitas empresas com consciência social já estão trabalhando com índices para mensurar a quantidade de mulheres e homens, se existe diferença salarial e a proporção nos cargos de chefia.
Afinal, não importa o gênero, o que define a capacidade é o cérebro!
