Lilian Schiavo: Mulheres no topo

Gosto de abrir portas e janelas onde só existiam paredes, derrubar muros, construir pontes e descobrir novos caminhos e oportunidades.

Todos sabemos que as mulheres geram vidas, geram empresas, negócios e riquezas.

Segundo a ONU, empresas com líderes femininas apresentam resultados financeiros até 20% melhores, numa prova que igualdade de gênero e diversidade é um bom negócio.

Um levantamento realizado pela McKinsey em 2021 “O Futuro da mulher no trabalho”, com base em 700 empresas de capital aberto em 6 países da América Latina, apontou que poderíamos alcançar um acréscimo de 12 trilhões de dólares à economia global até 2025 se tivermos avançado nas ações de inclusão e diversidade.

Fica claro que o empoderamento feminino está diretamente ligado ao empoderamento financeiro das mulheres, que a independência econômica traz liberdade e protagonismo e até propicia que mulheres vítimas de qualquer tipo de violência tenham condições de abandonar seus algozes para alçar voos.

O Brasil conta com aproximadamente 212 milhões de habitantes, sendo que as mulheres representam 51% da população, ou seja, somos 100,5 milhões e segundo o GEM Global Entrepreneurship Monitor, 30 milhões de brasileiras empreendedoras.

 Nós respondemos por 66% do consumo no país! Como exemplo da força do poder feminino na economia, somos as responsáveis por 83% das decisões de compras nos lares brasileiros.  Só de pensar nisso minha autoestima está aumentando e sinto minha cabeça se erguendo…

A Grant Thorton realiza uma pesquisa há 17 anos para acompanhar o avanço global das mulheres em cargos de liderança no middle market. Entrevistou 5000 líderes globais em 29 países e o resultado obtido no relatório Women in Business 2022 foi surpreendente, 38% dos cargos de alta administração são ocupados por mulheres.

A pandemia exigiu a adesão ao trabalho remoto e o ambiente de negócios passou por mudanças permanentes, repercutindo principalmente no trabalho das mulheres.

Segundo a pesquisa, em 2021, nove em cada dez empresas em todo o mundo tinham pelo menos uma mulher em suas equipes de liderança.

No Brasil as mulheres avançaram e conquistaram 5% a mais de cargos de liderança nas empresas, passando a representar 39% do empresariado do país. Com isso, saltamos da oitava para a terceira posição no ranking global.

Provavelmente essa ascensão das mulheres se deve às principais qualidades exigidas nas novas lideranças empresariais: perfil inovador, adaptabilidade às mudanças e coragem para assumir riscos.

Somos a maioria nas universidades, nos cursos de pós graduação, mestrado e doutorado, investimos muito tempo e dinheiro em educação, saúde e cultura e já ficou provado que nossa presença no board das empresas resulta em lucros.

Incentivar o empoderamento feminino estimula a economia e prepara as mulheres para que busquem os seus direitos e o seu lugar na sociedade.

As mulheres líderes demonstram sororidade, solidariedade e compaixão. Elas sabem o preço que pagaram para estar no topo e por isso se preocupam em ajudar outras mulheres a atingirem esse posto.

As mulheres inteligentes não competem, abrem caminhos para as outras, dão as mãos e se unem para conseguir diminuir a triste previsão de mais de 100 anos para alcançarmos a igualdade de gênero.

Sou uma otimista nata e me orgulho quando vejo mulheres na Forbes, sendo reconhecidas internacionalmente, realizando proezas, sendo a primeira a terminar um doutorado numa universidade renomada e receber convite para dar aulas, me alegro quando vejo a primeira mulher com síndrome de Down a conquistar um diploma numa faculdade federal, fico feliz ao conhecer histórias de mulheres pioneiras.

Lugar de mulher é onde ela quiser não é apenas uma frase, é uma escolha!

“Ninguém pode fazer com que você se sinta inferior sem o seu consentimento.” Eleanor Roosevelt

Lilian Schiavo

 

**O conteúdo e informação publicado é responsabilidade exclusiva do colunista e não expressa necessariamente a opinião deste site.

 

Imagem: Money Times

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