Fé, mais que uma simples palavra de duas letras.
É uma força que magnetiza as situações e acelera as pessoas rumo ao seu futuro.
Todo realizador do mundo foi e será movido por esta força, esta mola propulsora, que se torna diretriz da concretização dos desejos e fato.
Fé, uma forte corrente que trabalha em seu benefício, quando acionada de maneira correta e empregada de maneira mais correta ainda.
Onde existe uma vontade, existirá sempre uma maneira.
O sentimento de fé é um magnetismo que necessita tomar posse de você. Depois que ele se apossar de você, seu mecanismo tem de funcionar de dentro para fora, pois quando você acredita suficientemente em alguma coisa, você lhe dá vida em sua mente, ativando o dispositivo do poder criador interior que por sua vez executa toda a exteriorização dessa criação.
Aqueles que fazem o mundo são os que têm muita fé, que acreditam em si mesmos, nas suas forças interiores e na sua capacidade de apelar para o Poder Divino.
Não existem meios de saber o quão profunda é a sua fé, enquanto você não a colocar à prova.
Fé é um agente químico que comanda a mente. Quando esse agente se une ao pensamento, nosso subconsciente capta esta vibração, transmite para nosso íntimo espiritual e entrega-o para a Inteligência do Infinito.
Fé é o único elemento que faz com que a força cósmica do Universo possa ser armazenada e usada pelas pessoas.
Se Deus nunca existiu, passou a existir em virtude de toda fé que o mundo Nele depositou ao longo dos tempos e hoje opera Seus milagres, para que nunca falte o elemento que Lhe deu vida: a fé.
Na construção de seu futuro, é importante cultivar com convicção a ideia de que seu pensamento construtivo poderá manipular com sucesso qualquer situação que tenha de enfrentar.
Cada pessoa faz a avaliação de si própria e tal avaliação tem importância fundamental, pois pode determinar aquilo que a pessoa irá ser. Você não poderá fazer mais do que se crê capaz e não será mais do que aquilo que pensa que é. Você é o botão de estímulo para seu poder interior.
Meu pai sempre me diz um antigo ditado: “A palavra convence, mas o exemplo arrasta”. Baseado nesta lembrança vou lhe dar alguns exemplos da atuação transformadora da fé, pois não pretendo convencê-lo para o caminho da fé, mas arrastá-lo para o seu caminho.
Um mecânico trabalhava numa oficina da estrada de ferro em Salt Lake City, no estado de Utah, EUA. Com muita garra e dificuldade, conseguiu economizar pouco mais de quatro mil dólares, dinheiro que usaria para montar seu próprio negócio.
Notou que a indústria automobilística vinha em franco desenvolvimento e resolveu entrar no ramo. Usou todo o seu dinheiro na compra de um automóvel. Ao receber o veículo passou a desmontá-lo e espalhar as peças por toda parte de sua oficina, montando-o novamente em seguida.
Fez isso tantas vezes que algumas pessoas achavam que ele deveria ser internado como louco em primeiro grau.
Na verdade, ele estava tão familiarizado com todas as peças daquele automóvel, que narrava seus pontos fracos e fortes.
Desse momento em diante, resolveu projetar seus próprios automóveis tirando proveito de tudo o que aprendera desmontando e montando aquele carro.
Seus automóveis tornaram-se tão famosos que atravessaram as fronteiras mundiais. “O verdadeiro segredo do sucesso está no entusiasmo e na fé. Sim, mais que entusiasmo e fé, eu diria excitação. Gosto de ver pessoas excitadas, pois quando assim ficam, praticam a fé e fazem da vida um sucesso. ”
Walter Chrysler – um mecânico com fé
Ele realizou o sonho de ser um super-herói nas telas do cinema, mas outros sonhos que ele nunca teve tomaram conta de sua vida, pois em 1995, em virtude de um acidente, ficou paralítico do pescoço para baixo. Seu estado era tão grave que sua mãe chegou a implorar aos médicos que desligassem os equipamentos que o mantinham vivo. Ele mesmo confessou que pensava na morte, mas decidiu continuar vivo depois de conversar com sua mulher Dana Morosini, que disse: “Tenha fé, vou apoiar qualquer decisão que tomar, porque a vida é sua e a decisão deve ser sua, e quero que saiba que ficarei ao seu lado, pois também tenho fé, não importa o que aconteça, você ainda é você e eu o amo”.
Sua fala ficou pontuada pelo ruído do respirador que forçava o ar para dentro de seus pulmões. Na cadeira, sua cabeça é mantida imóvel numa braçadeira para impedir que ele sofra espasmos. Ele fala com voz clara, seu rosto é atraente e expressivo, enquanto suas mãos e o restante de seu corpo de 1,90m jazem inertes na cadeira. Desde seu acidente, com muita fé, ele se transformou num porta-voz das pessoas com lesões da coluna, levantando dinheiro para pesquisa por meio de sua fundação. Escreveu o livro Still Me (“Eu ainda”), que se tornou um best-seller e ele voltou aos estúdios, agora como diretor.
Christopher Reeve – um super-homem com fé
Durante 13 anos, ela preparou atletas brasileiras para executar com perfeição e leveza os difíceis movimentos da ginástica olímpica. Como técnica da seleção brasileira juvenil e adulta, conseguiu o feito de levar ginastas a três Olimpíadas e três Pan-Americanos num país sem tradição nesse esporte. Mas seu maior desafio começou em 29 de maio de 1997, quando o ônibus em que viajava, junto com a equipe do Flamengo, foi atingido por uma carreta na estrada. A treinadora, que já fora ginasta e bailarina, acordou paraplégica depois de sofrer uma grave lesão na medula. Não perdeu sua fé, e luta ainda para abandonar a cadeira de rodas, com o mesmo rigor com que sempre tratou suas atletas, exercitando-se até o limite de suas forças, fazendo cinco horas diárias de fisioterapia, sem faltar um dia sequer. Ela conseguiu enormes avanços ao dar alguns passos nas paralelas com o auxílio do aparelho Tutor que segura as pernas e o quadril. Voltou a atuar no Flamengo como coordenadora-técnica da ginástica olímpica.
Georgette Vidor – uma atleta com fé
Quando tinha 15 anos de idade, ele perdeu a perna esquerda num acidente de moto: um pesadelo para alguém apaixonado pelo surfe. Tornou-se um desafio subir novamente numa prancha e equilibrar-se em uma só perna. Do acidente até sua volta ao mar decorreram dois anos. Permaneceu em São Lourenço, Minas Gerais, até retomar o contato com a água através da natação em piscinas. Retornou ao Guarujá e só pensava em surfar. Foi direto para a praia e pegou uma onda na espuma, usou a perna direita atrás e substituiu a esquerda pelo braço. Hoje participa de competições e é professor de surfe. Ensina, a cada verão, uma média de 1.500 pessoas. Fez um curso na Austrália, ficou conhecido como pirata em sua barraca na praia, perto do bar Taiti, onde também aluga equipamentos para iniciantes do surfe. Recebeu um convite para ensinar deficientes físicos norte-americanos a surfar.
Alcino Neto – um surfista com fé
No dia 20 de fevereiro de 1962, ele tornou-se o primeiro astronauta americano a dar a volta ao redor da Terra. Circulou o planeta três vezes, num voo que durou quatro horas e cinquenta e cinco minutos. Foi senador, executivo em corporações, candidato à presidência dos EUA. Preparou-se, depois de esperar 36 anos, para entrar na órbita terrestre, como o homem mais velho a viajar pelo espaço com seus 77 anos de idade, numa missão que teve seu nome, preparada pela NASA. Em 29 de outubro de 1998, ele voltou ao espaço a bordo da Discovery.
John Gleen – um astronauta com fé
Em 1971, num acidente de automóvel, ele perdeu o pé direito. Mas isso não o afastou de acreditar no seu objetivo. Foi o primeiro homem com deficiência física a subir o monte mais alto do mundo, o Everest (Nepal), com 8.848 metros de altura. Um homem sem um pé no topo do mundo.
Tom Withaker – um alpinista com fé
Um menino de apenas 6 anos acredita poder fazer um ovo ser chocado mais rápido, e a solução que encontrou foi sentar-se sobre o ovo. Estava aí o primeiro lampejo na fé de alguém que mudou o mundo.
Thomas Alva Edison – um gênio com fé
Dois funileiros abrem uma oficina em sociedade dentro da garagem de um deles, acreditando na criação de tecnologias modernas. Sua primeira invenção foi um afiador elétrico de gaitas: nascia a Hewlett Packard Information Systems.
William Hewlett e David Packard – dois funileiros com fé
Durante o século XIX, uma série de pacientes, submetidos a diversas cirurgias, terminava por morrer de infecções decorrentes das péssimas condições sanitárias. Um jovem consegue mostrar a seus irmãos a importância de acreditarem em uma forma de fabricar ataduras esterilizadas. Assim surgiu a Johnson & Johnson.
Robert, Edward e James Johnson – três irmãos com fé
Um cirurgião acreditava poder realizar uma cirurgia praticamente impossível e, necessitava fazê-la antes de ser impedido de exercer sua profissão em virtude de uma artrite reumatoide, que o estava afligindo. Terminou por tornar-se o primeiro médico a realizar o transplante de coração humano com pleno êxito.
Dr. Christian Barnard – um médico com fé
Viciado em álcool desejou vencer esta doença e orou: “Ajuda-me, querido Deus, por favor, ajuda-me, sou incapaz, nada posso sozinho, por favor, ajuda-me”. Sentiu um vento forte, fresco e limpo soprar dentro dele que parecia limpá-lo, levando toda sua fraqueza embora, causando-lhe sensação de renascimento. Resolveu dividir com as pessoas o alívio incrível que atingiu. Nascia então a entidade filantrópica dos Alcoólicos Anônimos, que tem em todas as suas sedes a frase: “Pela graça de Deus, prossigo”.
Bill Wilson – um alcoólatra com fé
O século XV veio contribuir de forma importante, em nossa história, com a invenção da imprensa. Dessa forma, o poder da palavra escrita teve como se multiplicar muitas vezes. Isso foi bom para o mundo e também para a fé cristã, porque o primeiro livro impresso por Johannes Gutemberg foi a Bíblia no ano de 1456. Já no século XVI, devido ao trabalho de Gutemberg, os textos bíblicos poderiam ser lidos por qualquer pessoa que soubesse latim. Um cidadão fez a primeira tradução definitiva para a língua inglesa e a publicou. Porém, a igreja inibiu sua circulação. Um bispo comprou quase todo o estoque e o queimou. A pressão era tanta para que este cidadão voltasse atrás e arrependesse do que tinha feito, que ele acabou solitário. A inquisição não deixou que este cidadão continuasse com seu ideal. Ele foi julgado como herege e condenado à fogueira.
Algum tempo depois, Henrique VII autorizou a publicação de uma nova tradução baseada totalmente no trabalho daquele cidadão e chamou-a de A Grande Bíblia, distribuindo-a em todas as abadias e mosteiros católicos da Inglaterra.
William Tyndale – um cidadão com fé
Carregar o sentimento de fé em seu coração é estar levando consigo seu reino e exército, com os quais poderá estabelecer-se onde for ou conquistar aquilo que quiser, sempre com o aval do poder infinito.
Andamos por fé e não pelo que vemos.
II Coríntios – 5:7
César Romão
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