Fala pessoal que acompanha a coluna Mundo Teen aqui no Portal do Andreoli, tudo certo?
Recentemente aqui na coluna falei um pouco sobre relacionamentos e toda essa questão do amor na adolescência aqui com vocês na coluna, mas hoje, aproveitando o gancho que “Sex Education” me deu, vou falar um pouco da importância da Educação Sexual nas escolas, o que a série nos mostra com isso, e comentar com vocês um pouco da terceira temporada, que foi liberada pela Netflix na sexta-feira passada, 17 e está fenomenal.
Primeiro, vamos começar falando sobre a situação disso no Brasil.
Não é dúvida para ninguém, que desde as eleições de 2018, o presidente Jair Bolsonaro já levantava bandeiras de ódio e fake news em relação á Ed.Sexual nas escolas, alegando que quem tem que ensinar sexo é “papai e mamãe”, sem contar com a fake news do até então candidato à presidência pelo PT, Fernando Haddad e suas distribuições de “mamadeiras de piroca” quando prefeito na cidade de São Paulo.
Segundo uma pesquisa do Instituto Datafolha no final de 2018, das pessoas que participaram da pesquisa, 54% delas são a favor de aulas de Educação Sexual na escola, tendo 44% contra e 2% disseram não saber.
Sobre a série
Sex Education conta a história do estudante do Ensino Médio Otis, da cidade fictícia de Moordale no Reino Unido,que inspirado na mãe, terapeuta sexual, decide abrir uma clinica para aconselhar seus amigos da escola sobre sexo em uma espécie de clínica, junto a sua amiga Maeve.
Importância da Educação Sexual nas escolas
Se você, principalmente pai ou mãe, tem alguma dúvida da importância, dá uma olhada em mais esses dados.
“De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense), em 2015, dos adolescentes do 9° ano do Ensino Fundamental sexualmente ativos, 33,8% disseram não ter usado camisinha na última relação sexual. Apesar disso, 7 em cada 10 afirmaram ter recebido informação a respeito na escola”
Fonte: Todos Pela Educação
Educação Sexual nas escolas não é ensinar a como fazer sexo ou incentivar a isso.
A Educação Sexual foi feita para educar os alunos, deixar claro os riscos e benefícios, o ensino sobre a proteção, sobre o conhecimento do próprio corpo.
Minha mãe, como vocês já sabem, trabalha com isso, e eu nunca tive vergonha de dizer isso e sobre isso (sexo) na escola de uma maneira saudável e respeitosa.
Um pouco sobre a nova temporada de Sex Education
Sem querer dar algum tipo de spoiler para vocês, mas nessa temporada você encontrará muitas novidades, reviravoltas, velhos casais voltando, novos casais se separando, o inesperado acontecendo.
A terceira temporada de Sex Education já está disponível na Netflix.
Na escola onde estudei praticamente a vida toda, quem falava com a gente sobre sexo ou nosso corpo, eram professores de línguas, que apesar de não serem profissionais, deixavam sempre os alunos sem dúvidas.
O mais triste disso é que tínhamos que esconder da diretoria que estávamos falando sobre sexo.
Uma vez uma dessas professoras tinha desenhado um triângulo para simular uma vagina para tirar uma dúvida sobre menstruação e a diretora entrou na sala, sorte que ela não percebeu (ou fingiu que não)
Para concluir a coluna desse domingão, quero dizer que na minha visão, para que possamos ter Educação Sexual nas escolas Brasileiras, teremos que formar mais gente nessa área e o Governo Federal criar um programa de Ed. Sexual nas escolas, já que o tema tão fundamental que infelizmente é considerado um tabu, não está na Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Vale ressaltar que dentro dos países que sempre se destacaram dentro do PIB, por exemplo, essa ausência das aulas de Ed. Sexual só acontece no Brasil.
Na Alemanha por exemplo, as aulas são ministradas há mais de 50 anos, e é considerado um dever do estado, e já a partir do ensino primário os jovens já iniciam as aulas da matéria.
Inclusive por lá, há uma legislação que proíbe os pais dos alunos não permitirem os alunos frequentarem esse tipo de aula.
Segundo informações do veículo alemão DW, nas aulas alemãs de Educação Sexual, é ensinado sobre métodos contraceptivos e biológicos dos órgãos sexuais, sem contar os ensinamentos sobre valores sociais e emoções relacionadas à sexualidade e a relacionamentos.
É disso que precisamos nas escolas Brasileiras.
Com informações da Revista Educação, Todos Pela Educação, Netflix e DW.
Arthur Gimenes Prado
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Imagem: Netflix/Divulgação