Todos sabem que sou autodidata e adoro retratar figurativos. Lembro-me que os primeiros desenhos realistas que vi e me encantei foram as Pin Ups de Gil Elvgren. Desenhos realistas com mulheres bonitas e muito sensuais.
Pin Up em inglês quer dizer pendurar. Deixe-me explicar melhor para não confundir a cabeça. No final do século 19, as dançarinas de cabaré utilizavam cartões com suas fotos, para atrair o cliente. Essas imagens se tornaram populares.
Na 2ª Guerra os soldados penduravam os calendários ou recortes com essas Pin Ups nos alojamentos, e a fama cresceu ainda mais.
Nos anos 40 e 50 as Pin Ups eram modelos que posavam ou tiravam fotos para que os artistas pudessem retrata-las em calendários, revistas, jornais, pôsteres, etc.
Vendo os trabalhos destes verdadeiros mestres do desenho e pintura, pude observar que as mulheres tinham curvas acentuadas e formas exuberantes, padrão de beleza da época.
As expressões dos rostos, poses, adereços, tudo muito bem elaborado.
Depois da pose escolhida, o resto era com a imaginação, criatividade e talento. Ferramentas que um excelente profissional da arte tem de sobra.
Algumas Pin Ups eram usadas em propagandas de cigarros, bebidas, maiôs e muitos outros produtos.
Artistas de cinema como Marilyn Monroe, Rita Hayworth, Betty Garble também foram retratadas como Pin Ups, e Rita foi capa da Time. Sensacional!
Outros artistas se tornaram famosos pintando Pin Ups. O peruano Alberto Vargas, George Petty, Art Frahm.
Já a desenhista Duane Bryers criou a Pin Up Plus Size – Hilda. Suas ilustrações foram muito divulgada nos anos 50 e 70.
O desenho mostra uma mulher acima do peso, fora dos padrões exigidos pela mídia. Uma mulher real, bonita e sensual.
Este tipo de arte até hoje é muito difundida, e vendida também.
Se formos até uma livraria, encontraremos diversos livros com essas ilustrações.
Alguns designers e decoradores utilizam também esse tipo de arte, pois é, de certa forma, atemporal. Dando um toque diferenciado ao ambiente.
Portanto eu não vejo as Pin Ups somente como as garotas de calendário, como costumo ler por aí. Eu vejo como uma arte que atravessou a sua época para ficar, e encanta a todos os que as adquirem, apreciam, divulgam, e até imitam.
E viva a Arte!!