Olá pessoal. O verão está chegando com força e com ele temos nova temporada de chuvas pesadas na época de transição, quando camadas frias e quentes se encontram, às vezes de forma inesperada, causando grandes estragos.
Já pararam para pensar que há períodos de muita chuva, que causam grandes transtornos, e outros períodos em que chove tão pouco que se faz necessário racionar o uso da água, pois os reservatórios dos sistemas que abastecem as grandes cidades estão quase esgotados.
Tudo se resume e converge para uma causa óbvia. Temos gente demais nas grandes metrópoles, consumindo grande parte destas reservas e dificultando o controle de enchentes ou mesmo o abastecimento. Fato que piora quando lembramos que cada vez mais estamos impermeabilizando o solo com novas ruas asfaltadas e novos prédios que cada vez mais afetam nosso meio ambiente, pois as chuvas não conseguem mais alimentar os lençóis subterrâneos, que, de certa forma, convergem para tais reservatórios. Ou seja, se não fizermos nada, este circulo vicioso vai piorar cada vez mais nosso dia-a-dia. O que podemos fazer?
Bem, diversas atitudes podem, somados todos os esforços de cidadãos conscientes, começar a mudar este panorama. O assunto não é novo, porém achei importante relembrar, pois não vejo ações massivas no sentido de sua adoção mais difundida no meio da construção civil familiar. Trata-se do reuso da água.
Não falo apenas da captação das águas de chuvas, que tem sido de aplicação mais frequente, mas o reuso propriamente dito. O tema é controvertido quando tentamos implantar o sistema em edificações existentes, pois significaria um volume relativamente grande de serviços, para separar a água utilizada em lavatórios e chuveiros, daquela utilizada nas descargas de bacias sanitárias.
Vejam o esquema abaixo:
Neste esquema fica mais claro que o que se pretende é reusar a água proveniente de lavatórios e chuveiros, ou seja, água não contaminada por esgoto, e que, passando por algum filtro, peneira ou sistema de limpeza, possam deixar passar e reservar as águas que poderão então servir para outras descargas, situadas em cotas inferiores, ou também para uso de lavagem de áreas externas.
Esse volume de reuso poderia, juntamente com a coleta de água de chuva, modificar os níveis de volumes hoje necessários para o abastecimento de populações urbanas, levando assim a uma melhor aplicação do conceito de sustentabilidade. Precisamos implantar novos projetos contendo este conceito para aumentar a subsistência de grandes populações nos centros urbanos.
Mais informações : rogerio.romanek@gmail.com