Uma das doenças que mais afeta os cães no país e, de acordo com o Ministério da Saúde, é classificada entre as seis endemias prioritárias no Mundo, a leishmaniose visceral canina pode ser contraída por cães, gatos e humanos. E está preocupando o setor responsável porque a patologia tem se propagado.
Uma informação alarmante, divulgada pelo site do MS, revela que 90% dos casos da doença, quando não tratada devidamente, evoluem para morte.
Inicialmente, a doença era caracterizada apenas como patologia de caráter elevado rural. Mas a expansão para áreas urbanas, de grande e médio porte, nos últimos anos, mostrou o potencial de risco que a leishmaniose traz à sociedade. Diante deste fator, a patologia se tornou um intenso e crescente problema de saúde pública no Brasil e em outras áreas do continente americano, determinando-se uma endemia (doença frequente nos habitantes de uma região ou localidade) desimpedida na expansão geográfica, de acordo com o Mistério da Saúde.
A doença é sistêmica e determinada por febre que persiste em não largar o pet, além da perda de peso, enfraquecimento, anemia e outras manifestações que acabam deixando os bichos em estado anormal.
Em julho deste ano, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) confirmou 144 casos da doença em Presidente Prudente, só no ano de 2017. Mas, para complicar, nesta sexta-feira (18), confirmou-se outros 27 casos na região. Ao todo, 25 registros são autóctones — naturais do próprio território — e outros dois importados. Segundo dados divulgados pelo G1, a cidade acumula, para este ano, um número estrondoso de 215 casos positivos, sendo eles 205 autóctones e dez que vieram de outras regiões.
Um caso de leishmaniose visceral humana foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde e a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), nesta quinta-feira (17), em Florianópolis, capital de Santa Catarina (SC). Ainda de acordo com informações divulgadas pelo portal de notícias do G1, o homem tem 53 anos e é morador do bairro Saco dos Limões. Ele está internado, em estado estável, no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago.
A doença tem tratamento, se for descoberta logo no início. E é bom que todos saibam que não é o animal que transmite a doença para os humanos. A patologia, assim como o Zika Vírus, é transmitida pela fêmea de um mosquito. Mas, para o caso da leishmaniose, o inseto é o mosquito-palha que, ao picar o animal infectado (na maioria dos casos em cães), contrai a doença e contagia o respectivo humano que tenha sido picado.
Atualmente existe uma vacina antileishmaniose visceral canina em comercialização aqui no nosso País.
De acordo com o Ministério da Saúde, o estudo apresentado pelo laboratório que produz a vacina atende às exigências da Instrução Normativa Interministerial. Esta avaliação positiva resultou na manutenção do registro pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). Mas o MS ressaltou que não existem estudos que comprovem a efetividade do uso da vacina na redução da incidência da patologia em humanos. Então, o uso ficará restrito à proteção individual dos cães e, por ora, não vai ser usada como uma ferramenta de Saúde Pública.
A doença é gravíssima e deve-se ter toda a cautela e atenção ao animais e humanos que tiverem sido infectados. É importante estar atento aos sinais e manter uma boa alimentação e consultas médicas do seu pet sempre em dia. Alguns dos sintomas estão relacionados a problemas dermatológicos como perda pelos no focinho, orelhas e região dos olhos e crescimento anormal das unhas. Mas também pode apresentar um quadro de anorexia. Não se apavore, caso perceba alguns desses sinais. Pode ser que não tenha relação com a doença! Mantenha a calma e procure o veterinário de seu bichinho. Só o especialista poderá confirmar e dar orientações necessárias pra um tratamento eficaz.
Vale lembrar que esse alerta serve tanto para cães como para gatos. Todo o cuidado vai ser essencial . Vacine!