Kacau: Bate papo com o colunista Eduardo Kacic

bate papo

Hoje, dando abertura e estreando nas entrevistas da coluna Portal News, vamos conhecer um pouco mais sobre Eduardo Kacic, que escreve a coluna de CINEMA do Portal do Andreoli, num bate papo super descontraído.

Ele é roteirista de longa-metragens, crítico de cinema, palestrante e tradutor cinematográfico. Criador do extinto blog Gallo Movies, colaborou também com os blogs Formiga Elétrica, Filmes e Games, Humanoides e Mundo Blá!

  1. Como surgiu essa paixão pelo cinema?

R: Na infância. Meu pai sempre gostou muito de cinema, e começou a me levar junto com ele quando eu tinha uns sete ou oito anos de idade. Ele costumava “subornar” o lanterninha para que eu pudesse entrar em filmes de maior censura. Rs… Eu peguei também a época do boom dos vídeo-cassetes, no final da década de oitenta, e em pouco tempo estava viciado em filmes, completamente.

  1. Você já escreveu algum roteiro ou tem em mente algum tema que gostaria de levar para as telas?

R: Sim, tenho alguns roteiros registrados junto à biblioteca nacional, para curtas e longa-metragens. Alguns chegaram perto de conseguir financiamento através de editais ou produtoras, mas até agora não consegui tirar nenhum do papel. Quem sabe um dia…

  1. Em que filme você gostaria de ter vivido algum momento ou até mesmo toda uma situação?

R: Difícil, são tantos filmes… Mas creio que se eu fosse escolher viver uma situação, gostaria de habitar o universo de alguma ficção-científica, um dos meus gêneros favoritos. Conhecer outros planetas, observar a Terra de fora, algo do tipo. Mas não ser abduzido por alienígenas, aí não! Rs…

  1. Mudaria a história de algum filme? Qual?

R: A história não. Talvez o final. Filmes como O Campeão, do Franco Zeffirelli ou O Pagamento Final, do Brian De Palma, tem conclusões que me deixaram bastante chateado.

  1. Quantos filmes você já assistiu?

R: Eu acredito bem mais na qualidade do que na quantidade. De uns anos para cá, inclusive, diminuí bastante a quantidade de filmes assistidos em troca de experiências cinematográficas mais complexas e recompensadoras. Mas cheguei a tentar fazer esta conta há um tempo atrás, e cheguei  à conclusão de mais ou menos 15 mil.

  1. Pelo acervo imenso, seria até injusto pedir para você citar um único filme, então, cite 5 dos melhores filmes que você já assistiu.
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R: Essa até que é mais fácil de responder do que você imagina, Rs… Minhas influências como cinéfilo são do cinema americano, apesar de adorar o cinema europeu e de outras partes do mundo. Então, meu TOP 5 é composto de produções americanas, apesar de reconhecer o momento ruim do cinema do país. E curiosamente, os cinco filmes abrangem um período de produção de apenas cinco anos, de 1990 a 1995, época em que amadureci mais como admirador do cinema e também um período riquíssimo do cinema em termos narrativos. Mas vamos lá:

5. PULP FICTION: TEMPO DE VIOLÊNCIA (PULP FICTION) | 1994 – Dir. Quentin Tarantino

4. OS IMPERDOÁVEIS (UNFORGIVEN) | 1992 – Dir. Clint Eastwood

3. UM SONHO DE LIBERDADE (THE SHAWSHANK REDEMPTION) | 1994 – Dir. Frank Darabont

2. SEVEN: OS SETE CRIMES CAPITAIS (SEVEN) | 1995 – Dir. David Fincher

1.OS BONS COMPANHEIROS (GOODFELLAS) | 1990 – Dir. Martin Scorsese

  1. Qual o pior filme que você já assistiu? Quais as críticas?

R: Eu costumo dizer que mesmo o pior dos filmes tem qualidades. Alguns filmes são ruins de propósito, são concebidos desta maneira. Então, para mim um filme ruim é mais no sentido do quanto ele me decepcionou. É mais sobre o que eu esperava dele e o quanto ele deixou de corresponder às minhas expectativas. Neste sentido, e tentando puxar aqui de memória porque foram muitos filmes ruins vistos em toda minha vida, me lembro de BATMAN & ROBIN (1997), FIM DOS TEMPOS (2006), MATRIX REVOLUTIONS (2003), entre muitos outros.

  1. Sua opinião sobre o cinema brasileiro.

R: Tenho severas críticas não ao cinema brasileiro em si, mas sim no modo como ele é feito. O Brasil tem profissionais extremamente competentes tanto à frente quanto atrás das câmeras, e ainda assim, salvo raríssimas exceções, continua relegado a produções de baixa categoria, subprodutos que têm origem na TV, e intermináveis comédias repetitivas e cada vez mais apelativas. O que eu vejo é uma panelinha de profissionais ligados aos órgãos de fomento e distribuição do cinema nacional que não tem interesse nenhum em largar o osso e dar lugar a novos e promissores talentos. Há anos o cinema nacional vive uma estagnação. 

  1. Netflix. (fale sobre o que você acha dos filmes da Netflix)
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R: A Netflix deu início ao que hoje considero ser o futuro do entretenimento: os sistemas de streaming. Com relação aos filmes com o selo Netflix, considero que houve uma melhora no nível destas produções, principalmente pelo fato de que agora, além da Netflix ter muito mais budget para investir nas suas produções próprias, ela também passou a adquirir diversas produções de outros estúdios que encontram problemas de distribuição. O conteúdo com o selo Netflix, na minha opinião, só tem a melhorar ainda mais.

  1. A pergunta que não quer calar, qual melhor ator e atriz na sua opinião.

R: Meus atores e atrizes preferidos costumam mudar de período em período, dependendo do quanto aquele determinado artista me cativou com suas obras. Sou fã de muitos atores e atrizes de Hollywood e de fora da terra do cinema, mas os dois nomes que encabeçam minha lista, e isso já há alguns anos, seriam o Liam Neeson e a Jessica Chastain. Aproveito e já digo meu diretor favorito também: O grande e eterno Clint Eastwood.

Na próxima semana tem mais entrevistas para vocês! Aguardem!

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