Em fevereiro de 2021 um suspeito tenta penetrar em um condomínio através de transposição do muro lateral, que fica longe da guarita. A foto abaixo mostra o marginal se preparando para escalar o muro de cerca de 2 metros de altura. Repare que o referido muro possui duas proteções, ou seja, cerca sensoreada e a chamada concertina.
Mesmo com todas essas dificuldades, o criminoso se dispõe a transpô-lo para ter acesso às áreas comuns do condomínio, que é de classe média alta.
A pergunta que não quer calar é a seguinte:
“Será que mesmo com a dupla proteção ele conseguirá transpor a muralha?”
Observe através da próxima foto, que o rapaz tem habilidade e consegue atingir a parte de cima do alto muro. Resta saber se conseguirá passar pelas duas proteções!!!
Ele tenta diversas posições diferentes de apoio com os pés e mãos tentando encontrar uma brecha nos equipamentos.
O criminoso tenta alcançar o topo da muralha segurando na haste da cerca para ter melhor apoio; chega até a envergá-la.
Depois de cerca de 2 minutos de tentativas, ele desiste e vai embora. Deu para perceber que o jovem era habilidoso, mas não o suficiente para transpor as duas proteções de segurança instaladas.
E se o síndico tivesse optado apenas pela cerca sensoreada, será que ocorreria a penetração? E se tivesse somente a concertina, qual seria o resultado?
É importante ressaltar que quem determina o nível de segurança da proteção é o administrador, traduzindo, assim, a vontade e interesse dos moradores.
Muitos prédios sequer instalam equipamento eletrônico ou físico para proteção de muros e gradis, pois nesses locais o interesse por segurança é baixo. Evidentemente, a vulnerabilidade torna-se grande.
Muros laterais e nos fundos de condomínios merecem atenção especial. Se fizer divisa com área desocupada, matagal, tiver pouca luminosidade ou com fácil acesso para transposição, merecem o investimento de dupla proteção.
Geralmente, no muro ou gradil frontal, onde a visão do porteiro e da entrada de pedestres e autos é grande, opta-se pela instalação de somente uma proteção de segurança. Para não agredir a estética da fachada, dificilmente síndicos instalam concertinas.
Jorge Lordello
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