Por que o mercado financeiro nos parece algo tão distante?
Desde muito jovens somos ensinados a ter certos hábitos, rotinas e crenças que fazem parte da nossa cultura, nelas somo ensinados que devemos estudar, trabalhar, fazer atividade física, ter ativa a vida social e ainda cuidar da casa que moramos. Com isso passamos a ter sensação de que nosso tempo é pouco, tão escasso que não conseguiríamos parar pra pensar sobre o que fazer e como fazer pra investir aquele dinheiro que sobra no fim do mês. Entretanto, podemos mesmo atribuir a essa “falta de tempo” a culpa por nós, como sociedade, não termos o costume de aplicar no mercado?
Falta de disciplina e organização
Esses dois pontos que nos ajudam a reduzir a sensação de falta de tempo são simples de serem resolvidos com pequenas atitudes que devemos colocar em prática, como por exemplo a dividir nossos a fazeres em tarefas e seguir uma agenda, criando assim uma rotina mais clara. Após isso passaremos a ver as “janelas” de tempo entre uma atividade e outra e esse é o primeiro passo, em seguida, da mesma forma que vamos ao mecânico quando temos um problema no carro, ou ao médico quando temos um problema de saúde, aconselho que busque um consultor financeiro pra te ajudar a colocar as finanças em dia e possivelmente identificar furos que por falta de experiência deixamos passar quando não temos o conhecimento.
Ainda assim sabemos que não é só o tempo o responsável pela aversão ao mercado de financeiro outros fatores que também têm peso significativo na hora dessas decisões são o medo de perder, a falta de informação, a falta de hábito e até mesmo o comodismo.
Estamos em um país relativamente novo
Se compararmos o Brasil ao demais países do mundo veremos que podemos o considerar jovem e com um sistema financeiro bem recente, só passamos ater um de fato com a vinda da coroa portuguesa pra cá 1808, antes o sistema era bem mais rudimentar com algumas noções trazidas de sistemas mais antigos e maduros como o dos países europeus.
Esse atraso da força para a manutenção desse mal hábito de não nos preocupar em poupar, ou quando se poupa, não investir. Pontos estes que aceleram ainda mais a nossa cultura imediatista e enaltece a ideia de consumir mais que o necessário no presente momento, pois o dinheiro está sempre a mão e disponível para ser gasto.
Não fosse isso o bastante, emo nossas escolas não contamos com nenhuma matéria, nem memo uma transversal que aborde a educação financeira. Cursos superiores seguem a mesma linha em suas maiorias, com ressalvas apenas aos cursos diretamente ligados ao mercado e ao sistema financeiro de algum modo.
Medo da perca e falta de conhecimento
Chegamos a fase adulta da vida sem saber gerir as contas de uma casa e sem nem entender que temos à nossa disposição outros investimentos mais sofisticados e rentáveis que a poupança. Mesmo tendo um mercado jovem, temos uma boa gama de produtos que nos ajudam a diversificar e aproveitar bastante as oscilações positivas e nos proteger das negativas, o que reduz o risco e torna a relação entre investidor e mercado mais amigável desde que bem estruturada com auxílio de um especialista.
O medo ou receio de adentrar ao mercado se dá também ao nosso histórico econômico como país, justificáveis, visto as altíssimas inflações cíclicas, confisco promovido pelo governo, trocas de moedas, diversos planos econômicos, grande oscilação no câmbio e crises. Esses não deveriam ser motivos para nos afastar mas sim pra exercitarmos o conhecimento sobre os mais variados mecanismos de proteção do patrimônio nesses momentos.
Sair da zona de conforto é necessário
Para que possamos mudar esse histórico de “não investidor”, é necessário sair da nossa zona de conforto, deixando de lado o comodismo de guardar dinheiro apenas na poupança ou seguindo recomendações de gerentes do nosso banco.
Precisamos buscar entendimento sobre os produtos que existe no nosso mercado, e quais melhor se adéquam melhor ao nosso perfil, nossas metas e objetivos. Por isso é importante ter a orientação de um profissional da área e através de leituras, cursos ou consultorias.
Se não conhecermos as opções que temos dentro do mercado financeiro, continuaremos como “não investidores”, pois é nossa responsabilidade, somos os maiores interessados no crescimento do nosso dinheiro.
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Pedro Sena
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