César Romão:  A Paz tão almejada

A Paz (do latim Pax) é geralmente definida como um estado de calma ou tranquilidade, uma ausência de perturbações e agitação. Derivada do latim Pacem = Absentia Belli, pode referir-se à ausência de violência ou guerra.

Há 2 milhões de anos, várias espécies hominídeos se espalhavam pela África. Algumas se pareciam muito entre si, enquanto outras tinham características mais marcantes.

Registros arqueológicos mostram que quando o Homo Sapiens chegou à Europa, ele já tinha uma variedade bem maior de utensílios inovadores e mortais.

Mas isso não foi a única coisa que a espécie fazia. Ela criou algo que permitiu superar as outras espécies na Terra: a arte simbólica.

Portanto a questão da ausência de Paz persegue a humanidade desde seus primórdios, onde já tinham arte simbólica, utensílios inovadores e utensílios mortais, já faziam uso de recursos para a dominância de sua classe.

Ao invés de buscarem um convívio compartilhado e promissor atuavam no planeta pela dominância de sua classe.

A dominância por sua classe, ainda é notória e latente na sociedade em todos os seus aspectos e teve acréscimos imensos que levaram a humanidade a ter dificuldade para manter a paz no mundo e no processo existencial individual.

Tivemos milhões de anos para lidar com isto e dominar esta barreira que nos impede de encontrar a Paz, porém o ímpio de ser mais dominante que o outro sempre vence esta batalha.

Assim acontece nas áreas religiosas, políticas, humanas, sociais, econômicas, familiares, entre outras.

Parece que se não formos melhores que os outros não somos nada, se não dominarmos os outros não podemos existir, eis o mistério da ausência de Paz.

Temos tantos recursos para construir a evolução entre as pessoas, no entanto fazemos cada vez mais coisas que as afastam e incentivam uns contra os outros.

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– Onde a Paz pode ter início, onde?

A Paz precisa ser uma decisão interna de cada um de nós, a qual deve ter expansão para os processos de existência da raça humana, deve ser uma meta inviolável, uma obsessão como meio de coexistência.

Já é tempo de extinguir nossas origens de dominância de classe e atuar pela igualdade de classes em convívio pacifico, respeitando nossas diferenças como elas são e não fazendo delas motivos para materializar inimigos.

Quem deseja a Paz no mundo, precisa praticá-la dentro de si e do espaço de vida ao qual pertence. Se assim acontecer a utopia da Paz pode dar lugar a realidade da Paz.

Precisamos ir de encontro a Paz, caso contrário ela não virá até nós.

Cesar Romão

**O conteúdo e informação publicado é responsabilidade exclusiva do colunista e não expressa necessariamente a opinião deste site.

Imagem: Global  Emprego

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