E aqui estou eu de novo fazendo algo pela primeira vez, agora é um prefácio … será que vai dar certo?

Recebi um convite para ser prefaciadora de um livro chamado Mulheres Palestrantes, organizado pela Katia Teixeira, uma palestrante daquelas que levantam multidões e arrancam aplausos, com uma postura segura e um discurso que provoca risos e muitas reflexões.

Em 2014, a Katia teve a ideia de reunir mulheres para escrever uma coletânea que já chegou no 11º volume, totalizando uma liga de 500 autoras que generosamente contaram suas histórias sem a preocupação de ser um best seller, mas sim uma best friend das mais de tres mil mulheres e meninas em estado de vulnerabilidade que receberam os livros gratuitamente e foram impactadas positivamente pelo projeto.

Mas afinal, o que leva uma mulher uma mulher a subir num palco e palestrar?

Para mim é a possibilidade de tocar no seu coração, inspirar outras mulheres a enfrentarem os seus medos, a vencerem os desafios, a se tornarem donas do próprio nariz, a abandonar o que te faz mal, a se olharem no espelho e ficarem felizes com seu reflexo.

Ver e ouvir mulheres num palco traz uma sensação de pertencimento, parece que somos um pedacinho daquela vida, que fizemos parte daquela história tão parecida com a minha, a sua, a de nossas mães, de nossas avós e amigas.

É normal presenciar eventos para mulheres lotando espaços gigantescos, congressos internacionais com uma plateia que cruza oceanos para absorver conhecimento e ouvir histórias, são as sem fronteiras e sem limites, que de alguma maneira desconhecida conseguem se entender apesar das diferenças de idiomas e culturas.

Conheço mulheres que viajam durante dias, algumas de carro, outras de ônibus ou avião, dormem em bancos de aeroporto enquanto aguardam as conexões,  tem gente que pega trem, metrô ou anda quilômetros.

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E a esta altura você me questiona o motivo de tanto sacrifício… acontece que nós precisamos falar, precisamos ser ouvidas sem ser interrompidas, queremos debater assuntos que nos interessam, que dizem respeito ao nosso futuro, queremos praticar empatia, sororidade e solidariedade.

Quando uma mulher de sucesso sobe ao palco e conta de onde veio, como foi a sua vida, quantas vezes caiu, sofreu, chorou, perdeu dinheiro, perdeu amores, perdeu empresas mas agora está aqui firme e forte para dizer para todas nós que tudo é possível, isso aquece nossos corações, dá esperança e coragem para seguir em frente, para não desistir.

Quando mulheres se unem e se apoiam, a vida fica mais leve, mexeu com uma, mexeu com todas, ficamos mais fortes, mais resilientes, mais seguras para dizer não, livres para decidir o que queremos e quem queremos ser.

Quando uma mulher sobe ao palco ela não está sozinha, ela nos representa.

Quando ligamos uma luz sobre uma mulher, estamos iluminando também a nós mesmas, com generosidade e confiança.

Quando aplaudo uma mulher estou elevando a sua autoestima e também a minha.

“Eu levantei a minha voz, não para que pudesse gritar, mas para que aquelas sem voz pudessem ser ouvidas. Nós não podemos ser bem-sucedidos quando metade de nós é contida. ” Malala Yousafzai

 

 

 

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