Flávia Andreoli: Como lidar com os palpites de outras mães

A maternidade em si já é um enorme desafio. Os enjoos do primeiro trimestre, a escolha do nome, o aumento de peso, o chá de bebê, a dificuldade para dormir e se vestir, a escolha do nome, a montagem do quartinho, as expectativas do nascimento… ufaa!! E não para por aí!! Quando nascem os bebês, nascem as mães também, e acontecem inúmeras mudanças e descobertas que afetam muito o emocional das mulheres.

Entretanto, vem um desafio ainda maior: lidar com os palpites alheios. Principalmente de outras mães.

Tem gente que acredita que parir uma criança dá, automaticamente, um diploma de pós-doutorado em maternidade. Mulheres com um, dois, três ou mais filhos, tias, avós, primas, amigas… TODAS sabem como agir em todas as situações, MENOS VOCÊ que acabou de entrar neste universo.

Todo mundo tem uma “dica” para dar em relação à amamentação, ao jeito de segurar o bebê, de mimar, de criar, de colocar pra dormir, para amenizar as cólicas, o choro, a dor, a fome… enfim, uma avalanche incrível de soluções de mulheres super evoluídas e “craques” no assunto maternidade.

Aí, a mulher, que acabou de trazer uma vida ao mundo e está passando por uma enxurrada de hormônios e emoções, se sente ainda mais insegura e incapaz de criar o próprio filho.

Por isso, hoje a coluna é especial para VOCÊ, mamãe de primeira viagem (ou de segunda, terceira também)!!

Primeiramente, saiba que cada uma dessas mulheres não é expert nos assuntos maternos. Elas também têm suas dúvidas, medos, angústias e com certeza erraram muito com seus filhos. Entretanto, provavelmente se lembram apenas das coisas que funcionaram (principalmente as mulheres mais velhas). E, de alguma forma, querem ajudá-la a passar por cada fase da vida do bebê com o menor sofrimento possível. Portanto, a maioria dá palpites e conselhos na melhor das intenções.

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Ao mesmo tempo, elas têm dificuldade de compreender que cada geração é uma geração e cada criança é única. Portanto, nem sempre o que funcionou para o filho delas, funcionará com o seu.

Então, vamos tentar ser mais compreensivas, por mais enlouquecedor que as vezes pareça (rsrsrs…), e com muito tato, agradecer e seguir da maneira como lhe apraz, ok?!

Mais um lembrete super importante neste momento: VOCÊ É A MÃE!! Siga seus instintos, ouça o que lhe é dito, mas filtre. Estude, busque informações e mais do que isso, consulte o seu pediatra! E se ainda tiver dúvidas, consulte outros. Mas nunca siga uma instrução só porque sua mãe, tia, avó ou amiga fez com o filho dela, se não estiver totalmente segura disso.

Agora, queridas mulheres que adoram acompanhar a gestação e a vida da nova família: por amor a pessoa tão querida que está passando por esse momento, só lhe dê palpite se lhe for solicitado. Ninguém gosta de ser repreendido ou que coloquem em xeque o jeito que se cria o próprio filho e você corre um grande risco de ser colocado cada vez mais longe do bebê e dos pais, se for uma pessoa intrometida demais.

E, por favor, NUNCA, mas NUNCA mesmo, venha contar para uma grávida ou recém-mamãe um caso trágico que você ouviu falar ou que aconteceu com alguém que você conhece. Esse não é o momento, nem a pessoa com quem se deve comentar coisas negativas!!!

A maternidade é algo para ser desfrutado com alegria, amor, cuidado e carinho. E, acima de tudo, compreensão e aconchego.

Aposto contigo, que a mulher que estiver rodeada desses sentimentos e atitudes irá com prazer e alegria permitir que essa rede de apoio de mamães da família e amigas possam participar de cada segundo desse momento da vida delas.

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Até semana que vem!!

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