Roberta de Moraes: Tempo de renascer

É tempo de renascer. Entender as podas naturais do Machado do tempo, encontrar terra semeada e fértil para germinar. É tempo de pedir que a chuva regue, que a luz do sol transmute, que as geleiras internas derretam apenas com o toque leve das águas do outono. Tempo de cavar a terra árida e produzir nela novos filhos. É tempo de pegar pelas mãos, dar luz a consciência, fortalecer os laços, desapertar os nos. Tempo de subir as colinas e envergar do alto de si.

Tempo para embalar sonhos, para perder a bússola automatizada e, num respirar, reencontrar o norte. É tempo da sorte balançando os mensageiros dos ventos…tempo de priorizar o tempo. Cada abraço, cada reencontro humano, cada despertar. É tempo das boas novas, do sútil, da nova era.

Tempo para percorrer os campos vastos da mente, aparar as arestas. Fechar as portas entreabertas. Escancarar janelas. Tempo de emergir do próprio submundo. De silenciar para ouvir a fluidez das águas do rio.

E quando o frio chegar, manter o coração aquecido pela solidez de nossos passos.

Tempo de desapegar do ontem. Tempo de hoje para matar a fome. Beber o agora e deixar com que o amor Maior se encarregue de todo o resto. Avante, guerreiros em nós. A vida nos espera sorrindo, plena e inteira, neste próximo minuto.

 

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