Laura e os leões
A chuva caia sorrateira. Pela janela gotas prateadas difundiam-se sem pressa. Laura levantou e colou o rosto pálido na vidraça. Por algum tempo permaneceu ali.
A chuva caia sorrateira. Pela janela gotas prateadas difundiam-se sem pressa. Laura levantou e colou o rosto pálido na vidraça. Por algum tempo permaneceu ali.
Ela mergulhou na foto amarelada. Da casa antiga, as lembranças do balanço, O pinheiro que havia ajudado a plantar ainda criança. No imenso quintal, o
Há vida cá dentro e tantas outras vidas trançando em volta. Atento-me. A moça com o cão, outra a encher a garrafa com água límpida
Amanhecer por dentro Enaltecer a essência Desnudar-se do óbvio Ultrapassar as margens Sobreviver às correntezas Renascer nas tempestades Ignorar as superfícies Romper com as limitações
Escrever é coisa que esparrama do peito para as linhas do papel… É coisa que os olhos capturam coisa que a gente lê nas entrelinhas,
E de tudo, resta o que ficou E no que ficou tanta importância. Garimpei meus valores diamantes, Pedras preciosas de minha alma intranqüila… Inquieta, faminta
Há alguma sensação que se redobra Algum, porém igual, nada comum No peito a verdade majestosa Na vida, união e intuição Eu sou a tua
Sem notar se viram pulsando sonhos bons Esperança de vida que não aflorava há tempos. Olhavam-se nos olhos e sentiam o mesmo gosto, O brilho
Imperfeições em solo fecundo. Fios de água vermelha a circular, fluidos. Nos meus terrenos irregulares, saliências do tempo. Pequenas erosões mapeiam as laterais das coxas
“Marias, meninas, Clarices, tão mulheres”… castanhas, orientais, loiras, lindamente negras… todas as cores, todas as raças, pulsares de amores infinitos. Mães biológicas, amigas do colo
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