Crítica: De Volta Ao Jogo (John Wick)

O veículo de ação do astro Keanu Reeves, De Volta Ao Jogo (John Wick, EUA, 2014), é exatamente aquilo que poderia se esperar de um filme estrelado por Reeves e com este título: Uma batida trama de vingança, pontuada por muita ação, tiros e pancadaria. A questão é que o filme entrega a ação de maneira tão vibrante e incessante, que o filme faz com que as habilidades limitadas de Reeves como ator funcionem perfeitamente. Afinal, Reeves é um tremendo astro do gênero, indiscutivelmente.

Agora, com a aguardada sequência do filme chegando aos cinemas brasileiros em fevereiro de 2017, sob o título John Wick: Um Novo Dia Para Matar (John Wick: Chapter 2), nada mais oportuno do que revisitar esta bem executada produção original.

Em De Volta Ao Jogo, Reeves interpreta John Wick (o personagem-título do título original do filme), um assassino profissional aposentado que acabou de perder sua esposa (a bela Bridget Moynahan, de O Senhor das Armas, aqui em um micro-papel), a responsável por fazer Wick abandonar a vida de crimes. Ainda de luto e tentando levar uma vida normal, Wick é surpreendido por um grupo de criminosos russos, que o ataca impiedosamente dentro de sua própria casa, forçando o matador a buscar vingança contra seus agressores. Mas não será nada fácil para John conseguir se vingar, já que Wick descobre que os criminosos estão de alguma maneira ligados à uma questão mal-resolvida de seu passado criminoso.

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Surpreendentemente bem dirigido pelo ex-dublê Chad Stahelski, que aqui faz sua estreia na direção, De Volta Ao Jogo traz quantidades transbordantes de ação muito bem coreografada, ao mesmo tempo em que o roteiro do desconhecido Derek Kolstad (do obscuro thriller Entrega Mortal), não descuida também da trama da produção, que apesar de não ser nenhum primor de originalidade, traz algumas situações bem interessantes.

Particularmente gostei muito do “submundo do crime” para o qual o protagonista é obrigado a voltar. Uma espécie de Hogwarts para criminosos e assassinos, este submundo ganha um aspecto quase surreal, com seu próprio hotel, sua própria moeda e suas próprias leis. As sequências que acontecem no “hotel para criminosos” carregam um humor interessante, que alivia na medida a tensão e o nível incessante de ação da produção.

No elenco de apoio, diversos nomes bacanas como John Leguizamo (Spawn: O Soldado do Inferno), Lance Reddick (do ótimo suspense The Guest), Alfie Allen (o Theon Greyjoy da série Game Of Thrones), a bela Adrianne Palicki (da série Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D.) e o veterano Ian McShane (da série Deadwood). Além de participações de mais destaque de Willem Dafoe (que parece estar em nove de cada dez filmes lançados em Hollywood), e do ótimo Michael Nyqvist (Missão Impossível: Protocolo Fantasma), no papel do vilão do filme. A sequência em que o personagem de Nyqvist tem uma breve conversa com o protagonista sobre a “maldição” que carregam os assassinos profissionais, é surpreendentemente madura e válida, em um filme que supostamente deveria ser um raso filme de ação.

Mas de todos os nomes citados, é mesmo Reeves o principal motivo para se assistir a De Volta Ao Jogo. Simplesmente impecável nas sequências de tiro e luta, o ator mostra mais uma vez sua gigantesca vocação para ser o protagonista de identificação imediata com o público.

O filme é muito bom, mas eu pessoalmente, já pagaria o ingresso apenas para ver Reeves e seu inegável carisma. Agora é aguardar a sequência!

E confira também aqui no Portal do Andreoli, o trailer de John Wick: Um Novo Dia Para Matar:

https://youtu.be/Ej67YCsEXT8

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