Cillo: Libertadores deve receber convidados especiais. Será que agrada?

Libertadores

A Taça Libertadores da América vai ganhar outros concorrentes de novos países e, consequentemente, vai se tornar um sonho mais difícil de realizar. E todo mundo sabe que ela é, de uns tempos para cá, o grande objetivo dos clubes brasileiros.

Na Libertadores de 2018, Palmeiras e Grêmio seguem na batalha pela conquista do cobiçado título. Mas, lá na frente, se desenha um futuro sombrio. Nem falo dos confrontos de paulistas e gaúchos com os argentinos Boca e River, pelas semifinais, daqui a pouquinho.

Veículos de comunicação do Brasil, entre eles ESPN e Globo, veicularam notícias confirmadas posteriormente pela Conmebol. A partir de 2020, a entidade que cuida do futebol na América do Sul, pretende ampliar geograficamente a competição que teria a participação de equipes dos Estados Unidos pela primeira vez e também a volta de equipes mexicanas. Ainda não se sabe se vai aumentar o número de equipes ou se países que hoje participam teriam menos vagas com a entrada de equipes da América do Norte.

Pelo que se sabe, contratos comerciais já em vigor, preveem a extensão da Libertadores para esses dois países.

Os mexicanos participaram da Taça Libertadores em 18 edições com 18 equipes diferentes. Eles nunca foram campeões. E ainda que fossem, pelo regulamento, não poderiam chegar a disputa do Mundial Interclubes. Isso também deve entrar na discussão. Claro que não querem mais este tratamento diferente. Só que tanto os mexicanos como os norte-americanos buscam vaga para o mundial através da Concacaf. Detalhes, ajustes precisarão ser feitos para acertar isso. Não teria sentido participar da Libertadores se não houvesse um objetivo real em disputa.

Equipes do México chegaram a três finais de Libertadores neste período. Com o Cruz Azul em 2001, Chivas em 2010 e Tigres em 2015.

Os mexicanos desistiram de disputar a Libertadores da América em 2016. Entre os motivos, alegaram problemas no calendário para participar do torneio além das mudanças implementadas na época. Entre elas, a Conmebol aumentou o número de vagas para regiões da América do Sul. Seis para Argentina e sete para o Brasil. O México só teria direto a participar com três equipes.

Precisamos, agora, esperar para ver qual o argumento dos dirigentes da entidade para convencer norte-americanos e mexicanos.

Tem um outro problema que não vai demorar para aparecer. Quando o sorteio apontar brasileiros tendo que jogar no México ou nos Estados Unidos, muito dirigente vai torcer o nariz.

Distância. Calendário apertado, muita competição simultaneamente. Ainda mais se a Copa do Brasil continuar atraente com premiação, entre aspas, fora da curva.

Aquilo que não muda. Todos reclamam, mas pergunta: qual equipe brasileira não começa uma temporada pensando em uma vaga na Libertadores do ano seguinte ? Será que vai seguir sendo assim ?

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