Cillo: País do futebol e dos meninos que rendem muito dinheiro

Mais um jogador com menos de 18 anos é negociado com o mercado europeu. Que o futebol é excessivamente precoce, todos sabemos. Neymar não tinha dezessete anos quando virou profissional no Santos.

Pelé com 17 anos marcou gol em Copa do Mundo. E por aí vai. Hoje, nossos meninos valem milhões e são negociados antes mesmo de atingirem a maioridade. Os clubes não se prendem a essa questão. Negociam, mesmo que seja para que esperar a idade chegar. Mas o acerto, ah, esse é imediato.

Aconteceu ano passado com o Flamengo. Vinicius Junior foi vendido para o Real Madrid pela gigante quantia de 164 milhões de reais. Foi em 2017. Mas como ele atinge 18 anos em julho desse ano, está aí, chegando seu momento de partir.

Agora aconteceu no Rio de Janeiro com o rival do Flamengo. O Vasco da Gama negociou o também atacante Paulinho por 85 milhões de reais.

O jogador tem 17 anos ainda. Fará 18 em julho, quando poderá partir para a Alemanha. Seu novo clube será o Bayer Leverkusen. O clube carioca ficará com 65% do valor da venda. Os outros 35% serão divididos entre o jogador e o empresário dele, Carlos Leite.

Como está machucado – com uma fratura no braço, e sairá daqui três meses – não mais visitará a camisa do cruzmaltino.

Se não fosse para o Bayer Leverkusen, ele teria outros caminhos na Europa. Benfica, Manchester City, Borussia Dortmund, Juventus e Paris Saint Germain estavam na espreita para levar Paulinho.

Nosso futebol é mesmo um balcão de negócios. Fazer dinheiro é o objetivo principal. Quase único. História. Amor à camisa. Essas coisas são pra saudosista.

E vamos em frente que outros seguirão o mesmo caminho. Bem depressa como Paulinho e Vinicius Júnior. Que só aparecem porque ainda tiveram tempo de jogar no time principal. Muitos vão embora ainda quando estão nas categorias de base.

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