O Grêmio é o único sobrevivente entre os oito brasileiros que iniciaram a Copa Libertadores deste ano. Na noite desta quarta-feira, o time tricolor gaúcho eliminou o Botafogo com a vitória por 1 a 0, em Porto Alegre, em um jogo muito pegado, mas bem feio tecnicamente. Enquanto isso, o Santos protagonizava na Vila Belmiro o vexame da rodada.
A equipe santista tinha tudo para confirmar a classificação para as semifinais da competição continental com uma grande partida diante do Barcelona, de Guayaquil. A torcida estava em festa, o empate na primeira partida – 1 a 1 no Equador – dava a entender que o time alvinegro iria vencer até com certa tranquilidade.
Mas, as ausências de Lucas Lima e Renato pesaram demais. Os substitutos escolhidos pelo técnico Levir Culpi deixaram clara a inferioridade técnica que têm em relação aos titulares e o Santos naufragou. A derrota por 1 a 0 para os equatorianos destruiu o sonho do tetracampeonato sul-americano e revoltou alguns torcedores que compareceram ao estádio.
Novamente, vimos confrontos entre parte da torcida e a Polícia Militar nas cercanias da Vila. Bombas de efeito moral, correria, nervosismo, destruição. Aquela que deveria ser uma noite de alegria para os santistas se transformou em frustração e ódio. Mais um daqueles episódios que fazem pais repensarem se devem continuar levando seus filhos aos estádios.
Quanto ao time, fica claro que alguns jogadores do atual elenco – que fizeram sucesso na temporada passada – deveriam deixar o clube. Um deles é o centroavante Ricardo Oliveira. Aos 37 anos, cheio de problemas físicos e até de saúde, ele não conseguiu repetir as atuações de 2016. Apesar de ser apontado como o capitão e líder do grupo, já não consegue mais entregar aquilo que o Santos precisa dele.
Já em relação ao treinador Levir Culpi, não tinha muitas expectativas. Ele não é conhecido pela capacidade de inventar, criar grandes esquemas de jogo ou algo assim. Levir é o arroz com feijão, o cara que troca um volante por outro, etc. E não conseguiu dar ao time uma alternativa para jogar sem Lucas Lima, que não é assim um Pita ou um Aílton Lira, mas tem seu valor como homem de criação, de grande armador da equipe.
O Santos se junta agora a Palmeiras, Flamengo e Atlético Mineiro, especialmente, na frustração de encarar o Brasileirão como a raspa da panela. Espero que aprenda as lições desta temporada e se organize para 2018, porque o Corinthians está com uma mão na taça do Nacional e agora não terá que dividir atenções com a Copa Sul-Americana, pois foi eliminado pelo Racing, da Argentina.