Victoria Salemi estreia no Esporte falando de Real X PSG

Quando o hino da Liga dos Campeões da Europa toca, o apaixonado por futebol  já sabe que pode esperar um jogo diferente. E assim foi a primeira partida entre Real Madrid e Paris Saint-Germain pelas oitavas de final da competição. Os 81 mil torcedores presentes no Santiago Bernabéu e os milhões de espectadores em todo o mundo passaram os 90 minutos com os olhos vidrados em uma partida intensa, tanto em relação à velocidade e ao equilíbrio do jogo quanto às expectativas sobre os dois craques em campo a quem todas as atenções estavam voltadas.

Nos últimos dias, as discussões em relação ao duelo entre Cristiano Ronaldo e Neymar tomaram dimensões maiores que o próprio jogo, pelo menos aqui no Brasil. Muitas hipóteses, confabulações, análises de retrospecto, a maioria tendendo a apontar o brasileiro como favorito na competição individual, mas sempre deixando claro que CR7 não deve nunca ser deixado de lado, mesmo quando a fase não é tão boa assim.

Durante o primeiro tempo, a partida foi bastante equilibrada, como já era de se esperar. Neymar jogou bem, trabalhou bem coletivamente, mas, assim como todo o elenco do PSG em campo, pareceu nervoso. A equipe parisiense marcou faltas, levou cartões amarelos e errou saídas de bola que denunciavam a agitação frente ao confronto.

Do outro lado, Cristiano Ronaldo fez algumas aparições mostrando um chute um pouco descalibrado para o que se espera do último jogador eleito melhor do mundo, mas também obrigando o goleiro Aréola a trabalhar – e bastante bem, por sinal. Mas, nos últimos minutos da primeira etapa, a estrela do português mostrou que brilharia mais uma vez.

O gol de pênalti que igualou o placar deu ao torcedor a esperança de um segundo tempo tão eletrizante quanto o primeiro. A segunda etapa começou com mais intensidade do Paris Saint-Germain. Até certo ponto, o Real parecia cansado. No entanto, faltando dez minutos para o término da partida, o técnico Zidane fez alterações que aceleraram o jogo dos merengues. Saíram Casemiro e Isco para a entrada de Lucas Vázquez e Asensio.

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A intensidade do time espanhol após as substituições somadas à capacidade de decisão de CR7 levaram ao gol que foi um balde de água fria nos ânimos do time francês, que parecia confortável com o empate. O Real virou o jogo e, mais do que isso, ampliou o placar com uma finalização fulminante do lateral brasileiro Marcelo – que merece menção honrosa pela bela atuação durante toda a partida.

3 a 1, com a confirmação de que com o Real Madrid não se brinca e a expressão chateada do sheik Nasser Al-Khelaïfi ao apito final, observando o time espanhol chegar mais perto da vaga nas quartas de final – e, possivelmente, do 13º título da Liga dos Campeões – do que seu PSG bilionário de uma primeira conquista da orelhuda.

Neymar jogou bem? É claro que jogou, mas não é isso o que se espera de um aspirante ao título de melhor jogador de futebol do planeta.  Seja com gol de pênalti ou de joelho dentro da pequena área, donos de Bola de Ouro precisam ser decisivos. E foi isso que fez Cristiano Ronaldo na segunda etapa da partida.

Para o jogo do dia 6 de março no Parque dos Príncipes, a tarefa de Neymar e companhia não será nem um pouco fácil. O brasileiro até já participou de uma virada histórica, a da vitória por 6 a 1 do Barcelona sobre o próprio PSG no ano passado. Reverter a vantagem espanhola como craque do time, no entanto, elevaria o jogador a um outro patamar.

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