Bom dia meus queridos amigos!
Que bom foi ter visto alguns de vocês na Pizzaria Dei Cugini.
Se eu descrevesse a alegria de cada um de nós, da nossa familia, de cada encontro…
Se eu descrevesse o significado de cada abraço, de cada lágrima, de cada sorriso…
Se eu descrevesse como alguns destes amigos da jornada se conheceram, tanto quanto como eles nos conheceram…
Eu ficaria escrevendo por horas e horas.
Na realidade, alguns destes amigos carregam literalmente décadas de histórias semeadas através de muitos encontros singelos, retiros espirituais, Natal, Páscoa, projetos juntos, corais e cantatas, aniversários, etc. e etc.
Eu jamais imaginei que convidando amigos para jantar, um ambiente tão cheio de lembranças e memórias seria criado…
Ora, nós viemos da França. De tão longe…
Eu não me encontrava com alguns destes amigos há muito tempo…
Alguns conheceram as meninas pela primeira vez. Outros, conheceram a Johnna pela primeira vez!
No entanto, eu jamais imaginei que entre eles mesmos existiam tantas conexões…
Pois bem, o mais interessante e extraordinário de toda esta experiência foi perceber que a maioria daqueles que vieram na pizzaria vivem na mesma geografia, no mesmo país, e muitos deles vivem na mesma cidade, mas o corre-corre da vida, as escolhas da existência que passam pelos estudos, trabalho, casar ou não se casar, ter ou não ter filhos, fizeram com que novos capítulos fossem escritos por cada um deles, e uma história ficasse armazenada no passado. Todavia, tal história estava guardada com muito carinho e gratidão, jamais esquecida.
Foram abraços de gente que no passado cantaram e participaram de corais de igrejas. Foram abraços de gente que no passado fizeram parte de projetos sociais e do mesmo grupo de jovens ou adolescentes.
Foram reencontros de gente que nem eu mesmo sabia que se conheciam!
Aliás, estas estranhas e inexplicáveis conexões apenas ratificam a tal teoria dos *seis graus de separação.
Por exemplo: enquanto eu escrevo a coluna de hoje, eu acabo de receber uma mensagem do meu querido amigo Gustavo que mora em Milão. Ele se surpreendeu ao ver a foto da nossa familia com a Rachid que é a responsável exatamente pela edição de todas estas colunas do Portal. Acabo de descobrir que eles estudaram juntos na Universidade São Judas!
Mundo pequeno…
Um outro exemplo: Eu me reencontrei com a nossa amiga Simone que está casada com um amigo da familia, o Marcelo. A Simone, a minha irmã e eu estudamos juntos na mesma escola Santa Maria. Já se passaram quase 40 anos do dia que entramos na Rua Santa Rita, no Pari, e tivemos o nosso primeiro dia de escola.
– “Fábio, eu não sabia como te presentear”. Disse a minha querida amiga Regiane que não nos víamos há 20 anos.
– “Não precisava comprar nada para mim”. Eu lhe respondo com a alegria suficiente de recebê-la no nosso meio.
– “Pois bem, eu tinha um PenDrive do cantor Adhemar de Campos com mais de duzentas músicas, e resolvi te dar como forma de presente porque eu sei que você viaja muito e poderá usá-lo muito mais do que eu”. Enquanto a Regiane terminava a sua frase, o meu coração saltava de alegria pelo inexplicável…
E talvez você me pergunte: “Qual inexplicável, Fábio?”
O fato de que em Lyon, antes de vir para São Paulo, me veio na mente um desejo muito forte de ir à página do cantor Adhemar de Campos e encomendar o seu PenDrive com as mais de suas duzentas canções…
Não fiz. Não tive tempo. Com a nossa rotina de férias, e com a dinâmica das crianças, o tal do PenDrive me fugiu da mente. No entanto, ele veio parar nas minhas mãos da maneira mais extraordinária e inimaginável. Obrigado, Regiane!
Gestos singelos. Reencontros agradáveis. Conversas que nos fizeram rir de histórias que foram construídas e se tornaram memórias eternas…
Foi assim o nosso encontro na Pizzaria Dei Cugini.
Eu dei risada quando vi a minha filha Sophia ficando assustada com a quantidade de primos e primas…
Eu percebi como a Júlia ficou confusa com tanta gente que a conhecia, e ela não tinha a mínima idéia de quem fosse “Fulano, Ciclano ou Beltrano…”
Pobre da Júlia! Ainda mistura Português, Inglês e Francês.
Eu fui tocado profundamente quando os garçons perceberam o ambiente fraterno e reconheceram que havia algo palpável e tangível, uma amizade e um carinho inegável entre todos nós.
Isto posto, eu quero dedicar esta coluna e terminar falando da arte de construir amizades: construimos amizades sem o interesse de receber algo em troca, construimos amizades e não percebemos que estamos construindo memórias eternas, construimos amizades com verdade, sem máscaras e qualquer tipo de “faz de conta”…
Construir amizades é um processo de semeadura. Construir amizades é um caminho que não nos damos conta no presente, mas no futuro olharemos para trás e ficaremos chocados e surpresos com a jornada que foi percorrida entre nós.
A vida se vive em comunidade. A escolha do indivíduo de “ilhar-se” é perigosa.
A vida se vive entre amigos. A escolha do indivíduo de viver o seu egoísmo e pseudo-superioridade, sem perceber, gera uma jornada de inimigos.
A vida se vive no presente. Viva o momento!
Celebre a vida. Viva e celebre a vida com aqueles que te querem bem!
Seja grato e sinta-se privilegiado por estar sendo acolhido e convidado para participar da história e trilha daqueles que estão oferecendo um cadeira para você se sentar…
A porta está aberta, entre e não a feche.
A proposta está feita, dê uma resposta positiva e embarque nesta viagem da amizade.
Entre erros e acertos. Equívocos e sucessos. A amizade se constrói.
De modo que o perdão, a reconciliação, a tolerância e o reencontro são ingredientes de uma receita que não tem fórmulas. No entanto, eu faço ecoar as palavras de Mário Quintana para terminar a coluna de hoje, “A amizade é um amor que nunca morre”.
Até a próxima!
Fábio Muniz
Atibaia
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Respostas de 5
Q maravilha!!Tao bom rever amigos, e ver a importancia de cultivar as amizades!
Olá Loriete,
A nossa experiência revendo amigos tem sido extraordinária. Nos vemos em julho na Flórida!:-)
Um abraço.
Fábio
Que bom ter tido uma cadeira reservada neste encontro! Que bom revê-lo e conhecer sua linda família! Que bom ter sido participante de um presente carinhoso que Deus te deu! E que bom foi a alegria de todos os abraços e reencontros!
Foram momentos preciosos entre famílias e amigos!!
Momentos maravilhosos….mas ainda é MUITO pouco para matar as saudades DEUS É BOM!