Valorizando o que é aparentemente insignificante

Bom dia meus amigos queridos,

Um dos equívocos que inegavelmente cometemos é o de olhar, e segundo as aparências, julgar.

As nossas conclusões são rápidas e frequentemente agimos de acordo com: a classe social do indivíduo, nos impressionamos com a maneira eloquente de como ele fala, invejamos o fato da “Fulana” ser uma celebridade, respondemos com antagonismo devido a cor da pele dele, estendemos tapetes vermelhos quando nos damos conta de estar diante de alguém com um nível de educação acadêmica extraordinária. Queremos ser amigo do “Ciclano” porque ele parece ser alguém de muita influência.

Esta lista segue. Damos valor ao que vemos e parece significar muito.

Até porque o carro dele, nos mostra que ele é um sujeito de muita posse. A roupa dela é de grife. A vida que ela esbanja, é o sonho de consumo de todas as garotas.

Isto posto, dentro de um mundo onde as aparências se multiplicam, e os valores têm a ver com o que se vê, não há muito lugar para a simplicidade, e sobretudo, para o que julgamos ser insignificante.

Nos esquecemos do antigo ditado: “As aparências enganam”.

Se você leu a minha coluna na semana passada, você se deu conta que eu acabo de voltar de Bruxelas. Pois bem, um amigo me disse algo que me inspirou profundamente.

– “Fábio, você já levou as tuas crianças para ver o Atomium?”

– “Ainda não. Mas, porque você acha que tem importância este monumento de mais de 100 metros de altura e que foi construído para uma Expo?” Eu lhe perguntei com a curiosidade de saber o que ele diria.

– “Ora, o valor não está na parte metálica da estrutura. O valor é muito mais profundo, porque o Atomium nos ensina a valoriza o que é aparentemente insignificante”.

A nossa conversa se estendeu e ganhou proporções inimagináveis.

Você sabia que o átomo é a unidade mais básica da construção da matéria? Você sabia que o átomo são partículas tão pequenas que são invisíveis a olho nu? No entanto, sem estas partículas não há nenhuma matéria na natureza. Sem estas partículas não existiria nenhum tipo de matéria, incluindo o corpo humano!

De modo que o Atomium foi construído com a ideia de ampliar 165 milhões de vezes o tamanho daquilo que aparentemente parece ser insignificante. O Atomium foi construído com a ideia de ampliar 165 milhões de vezes o tamanho do átomo para nos ensinar que devemos valorizar aquilo que não vemos, mas existe e tem um valor indizível.

Na realidade, o que você pensa ser insignificante, pode ter um valor eterno.

O que você pensa ser insignificante, pode fazer um bem inimaginável para o outro.

Sophia e Júlia – visitando o O Atomium que foi construído em 1958 em Bruxelas no âmbito da Expo 58, sendo um dos principais cartões postais da Bélgica. Com 102 metros de altura, o Atomium representa um cristal elementar de ferro ampliado 165 milhões de vezes, com tubos que ligam as 9 partes formando 8 vértices.

Um sorriso sem interesses. Um olhar generoso. Um abraço verdadeiro. Uma amizade sem esperar absolutamente nada em troca. Um jantar simples com a tua esposa. Uma ida ao cinema com a tua filha. Um sorvete na praça com o teu avô. Uma partida de futebol com o teu filho. Um WhatsApp para dizer “Bom dia, como você está hoje? ”

Eu te convido a pensar neste conceito simples, e fazer esta viagem atômica de valorizar o que aparentemente é insignificante. Pense nisto!

Planejada inicialmente para durar apenas seis meses pelo arquiteto André Waterkeyn, sobreviveu tornando-se um local de visita obrigatória para os turistas. Muitos consideram o Atomium um ícone nacional, rivalizando com o Manneken Pis. Situa-se junto ao Estádio Balduíno I em Heysel Parque. Junto destes estão o centro de congressos e o Parque da Mini-Europa.

Um beijo grande a todos vocês.

Até a próxima!

Collonges-au-Mont-d’Or

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Imagens 01, 02 e 04: Atomium Bruxelas Tour

Imagem 03: Arquivo pessoal do colunista

O Atomium foi construído em 1958 em Bruxelas no âmbito da Expo 58. Com 102 metros de altura, é considerado um dos principais cartões postais da Bélgica.

4 respostas

    1. Obrigado por passar por aqui, Armandão!
      Que Deus nos ajude a guardar aquilo que é relevante e significativo, ainda que seja simples.
      Um forte abraço.
      Fábio

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