O modo como vivemos tem nos deixado muito ansiosos, e a pandemia veio para contribuir com essa característica do mundo atual. As gestantes têm maior chance de desenvolver o transtorno de ansiedade generalizada, sendo necessário acompanhamento adequado durante todo o pré-natal. Sabemos também que os sentimentos maternos, de tristeza, medo, preocupação passam para o bebê. Mas estamos conseguindo lidar com essa última informação de maneira empática e respeitosa com nossas gestantes?
Sempre que vejo uma gestante chorando, logo escuto: – Não chora, vai passar pro seu bebê! Ou se ela comenta que está com medo, alguém já fala: – Mas agora você é mãe, tem que ser forte! Seu bebê vai perceber que está com medo! E por aí vai…. E o que acontece? Além de medo, tristeza ou preocupação essa mãe se sente culpada! E vira uma bola de neve!
Acredito que temos que acolher essa grávida, entender seus sentimentos, suas aflições e tentar sermos práticos, empáticos e respeitosos na hora de falar. Se não é melhor ficar quieto, abraçar e escutar, e a deixar colocar para fora toda a ansiedade.
Você que está grávida, e não está se sentindo bem, procure ajuda de um psicólogo, um psiquiatra e converse com seu obstetra. Existem maneiras de eles te ajudarem. Não esqueça que seu bebê também sente todo o seu amor por ele! E que o amor é maior que qualquer medo, tristeza e ansiedade. E é isso que fica marcado nos nossos filhos!