Faça o que eu digo, não faça o que eu faço… provavelmente você já ouviu essa frase um milhão de vezes.
E apesar de ser uma verdade, poucas pessoas admitem que falam muito e fazem pouco ou nem fazem.
Então, num rompante de sinceridade e humildade no grau máximo, devo admitir que esta história de equilíbrio que tanto falo é muito mais difícil do que parece.
A atividade física sempre fez parte da minha vida, fui uma estudante de jazz, daquelas que tiveram aulas com Alvin Ailley e Lennie Dale, uma marombeira de carteirinha, uma assídua frequentadora de academia, até que a pandemia veio e mudou nossas rotinas e nossas vidas.
O trabalho virou online, as reuniões virtuais e a possibilidade de interagir com o mundo virou realidade… o problema é que com os fusos horários passei a acordar às 5:00hs, engatando uma reunião na outra, sem pausas e um volume de trabalho absurdo, passei a ficar sentada na frente da telinha sem ver o tempo passar.
Como palestrante, viajo constantemente e sou muito feliz pois nasci com rodinhas nos pés e asas para voar, coleciono nuvens e amo o que faço, o único inconveniente é que fica mais difícil ter uma rotina, cada dia é uma aventura nova.
E foi assim que me tornei uma sedentária… até minha filha surgir com um convite para uma aula de hidroginástica funcional e vocês sabem como é, quando uma filha pede somos capazes de escalar o Everest, então, lá fui eu de maiô e touquinha, me sentindo um pouco ridícula.
Mas não é que deu certo? Além da hidro ela me levou de volta para a academia, em busca das endorfinas e daquela sensação relaxante.
Costumo viajar sozinha e carrego um livro comigo, é assim que passo o tempo, o último livro escolhido foi “Você aguenta ser feliz?” escrito pelo Arthur Guerra e Nizan Guanaes, uma obra que nasceu do encontro entre o publicitário e o psiquiatra, com conselhos valiosos sobre como manter a sanidade diante de problemas modernos… senti um puxão de orelhas, me identifiquei com a preguiça de levantar mais cedo para ir para a academia, com a história de ir se arrastando e a necessidade de criar bons hábitos.
É difícil? Muito!!! Mas vale a pena se cuidar.
Se estiver muito desanimada, convide alguém para te acompanhar nessa nova empreitada, alguém que te incentive e seja leve, livre e solta, alguém capaz de te fazer rir e não desistir.
Uma empresária me contou que quando o primeiro neto nasceu, ela decidiu praticar exercícios físicos e cuidar da saúde física e mental, o que a motiva é a vontade de brincar, rolar pelo chão, pegar no colo, levar para o parque e virar criança de novo, o que ela quer mesmo é se divertir e ser feliz.
Pode ser que a causa da mudança seja a necessidade de se reinventar e começar de novo, pode ser que uma doença te alertou sobre a importância de mudar hábitos e ser mais saudável, pode ser que o motivo seja a expectativa de viver mais de cem anos com excelente qualidade de vida.
É preciso virar a chave, encarar desafios, oxigenar o cérebro e os pensamentos, ganhar força para vencer os obstáculos da vida, exercitar músculos espirituais para ter uma fé inabalável, acrescentar na dieta grandes doses de sabedoria, coragem, compaixão e esperança, ser flexível como um bambu que nas tempestades se curva, mas não se quebra.
O objetivo é resgatar o que você tem de melhor, a sua essência, o seu bom caráter, sem vícios.
Toda escolha implica em uma consequência, então, escolha mudar, aprimorar, ser um exemplo, uma inspiração.
“Seja a mudança que você quer ver no mundo.” Mahatma Gandhi
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Uma resposta
Adorei sua coluna, seu entusiasmo e mais do que tudo, a mudança em seus hábitos.
Conte comigo para deixar essa nova mulher mais motivada ainda.