Yara Prado: Como começar a trabalhar a minha autoestima?

Olá, minha gente! Tudo bem com vocês?

Como começar a trabalhar a minha autoestima?

Hoje vamos falar sobre uma pergunta que recebo nas minhas redes sociais:

“Yara, quero muito melhorar minha autoestima, mas não tenho ideia por onde começar, o que eu faço? ”

Aqui vamos ver algumas dicas de como podemos aos poucos dar um up no jeito que nos enxergamos, criando assim mais e mais oportunidades no nosso dia a dia.

Para começar, precisamos parar e fazer uma autoanálise, pensar, listar o que gostamos e o que não gostamos. Autoconhecimento é fundamental para assim garantirmos nossos quereres. Afinal como podemos investir em algo que nos agrade, se não sabemos o que nos faz felizes.

Esse é um exercício muito poderoso, pois nos dá as ferramentas para podermos trabalhar efetivamente nossa vontade. Sabemos que na correria do dia a dia, no envolvimento e dedicação familiar ou no trabalho, muitas vezes esquecemos de olhar para nós mesmos.

Por outro lado, nas raras vezes que fazemos essa reflexão, sentimos culpa ou até não nos sentimos merecedoras. Dessa análise surgirá os pontos a serem trabalhados.

Superada a etapa de consciência, de autoconhecimento das principais áreas da vida (profissional, afetiva, saúde física e mental, entre outras), vamos começar a agir, lembrando que isso deve ser feito passo a passo, sem pressa ou cobranças.

O importante é começar e manter a constância, até transformar as atividades desenvolvidas em rotina, assim não ocorrerá a desistência no percurso. Muitas pessoas acabam cedendo à pressão ou ficando na zona de conforto (infeliz ou mediana) e desistem.

Diante deste comportamento, procrastinam sua felicidade por ser mais cômodo, menos doloroso, porque na essência o ser humano é imediatista, afasta-se do que exige gastar energia e trabalho.

Portanto a decisão de mudar precisa ser mais forte.

Apresentado o cenário de atitudes, atividades e estilo de vida, chega o momento de começar a agir! Devemos começar com ações simples, como se permitir tomar um banho mais demorado, assistir um filme completo, comer uma comida do seu gosto (não do gosto do marido ou das crianças), dormir até mais tarde, escolher uma roupa bonita, dar uma saidinha, chamar uma amiga para um cinema, tomar um drink sentada em um bar olhando as pessoas a sua volta… Todas essas opções embora simples, são de extrema importância para sair um pouco do seu mundo (caixa, bolha), das suas atividades rotineiras, dos seus problemas, para um respiro.

“Yara, mas como sair dos meus problemas? Como fugir de todas as atividades e compromissos que tenho no meu dia a dia? Não tenho ninguém para me ajudar, não tenho tempo sobrando. ”

Trago uma sugestão de solução prática a sua pergunta, pois eu também tenho compromissos e problemas diversos a resolver, como muitas outras pessoas.

Foi necessário aprender a conviver com os problemas, sem ser engolida por eles.

Sim, não existe vida sem problemas, todos temos, mas precisamos aprender como lidar com eles.

Uma dica de ouro que vou compartilhar com você é a aprender “agendar os problemas”, por exemplo: caso na sexta feira, final de tarde e você tem algo que só pode ser resolvido na segunda feira (banco ou escola…), desligue-se dessa questão e viva seu final de semana, na segunda feira, resolva o que tem que ser resolvido.

Quem aí já se viu ansiosa por ficar remoendo situações que não podiam ser resolvidas naquele momento?

Por outra ótica, devemos evitar fugir dos compromissos e atividades, não podemos, nem devemos fazer isso. Precisamos sim eleger prioridades, o que realmente tenho que fazer primeiro e o que posso fazer em outro momento.

Fazer o seu tempo. Lembrando que dentro das prioridades, suas atividades individuais devem ser inseridas. Você precisa se colocar como prioridade. Sua saúde física (academia, caminhada…) e saúde mental (ler seu livro, uma saída com as amigas…) são fundamentais para que consiga realizar bem as tarefas da vida, sem surtar.

Temos também que aprender a pedir ajuda, a criar uma rede de apoio, seja com familiares ou vizinhos, amigos. Não é demérito nenhum pedir ajuda para alguma pessoa ficar com as crianças e assim poder sair com o marido. Lembre-se que é uma troca, um dia as pessoas precisarão da sua ajuda também, e você estará disposta a ajudar.

Hoje estamos cada vez mais conectados pelos celulares, mas cada vez mais afastados fisicamente. Isso exige um esforço contrário para evitar as relações cada vez mais superficiais, para que não ocorra isolamento.

Dito isto, crie o hábito de se olhar, de atender as suas necessidades, de reconhecer quando precisa de um tempo, quando precisa respirar, esteja em sintonia com você mesma, a fim de identificar cada sinal de esgotamento ou de energia baixa.

Com essas pequenas ações você age de forma preventiva e evita que a carga de cobrança e a necessidade de resolver problemas acarrete o estresse, a depressão, a ansiedade e até o burnout, que é o esgotamento profissional.

Com certeza todos a sua volta perceberão a sua transformação e quem te ama de verdade ficará muito feliz com isso.

Comece logo, agora mesmo!

Beijos

**O conteúdo e informação publicado é responsabilidade exclusiva do colunista e não expressa necessariamente a opinião deste site.

Imagem: Arquivo pessoal da colunista

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