Lilian Schiavo: Empreender é preciso

Lembro como se fosse hoje, devia ter uns 6 anos de idade e alguém disse que meu pai era um empreendedor… foi a primeira vez que ouvi essa palavra e confesso que na minha santa ignorância nem imaginava o que significava.

Olhei para a pessoa e fiz cara de zangada, achei que era um xingamento e respondi com firmeza: O senhor está enganado, meu pai é médico!

Demorei anos para entender que na verdade, acima de tudo, meus pais eram grandes empreendedores.

Os dois trabalhavam e sonhavam juntos.

Foi assim que com amigos da faculdade, construíram hospitais, ficaram sócios em 1 laboratório de análises clínicas, criaram uma medicina de grupo, uma incorporadora e outros negócios.

A cada nova empreitada um brilho novo no olhar, um desafio a ser vencido.

A genética fala alto, então lá fui eu inventar e me arriscar, como arquiteta montei um grupo odontológico, abri salão de beleza, fui juíza classista, engenheira de segurança, sindicalista, virei palestrante, coach, sócia numa escola e consultora de negócios.

Claro que nem tudo deu certo, tive muitos tropeços, quedas homéricas, perdas gigantes, mas também momentos inesquecíveis e muito felizes onde você percebe que vale a pena investir em ideias e pessoas.

Ser um empreendedor significa ser um realizador, alguém que produz ideias, um curioso que busca o aprendizado constante e soluções para os desafios que pipocam diuturnamente.

Paro um pouco e observo minha família, cada um de nós tem no mínimo um CNPJ, cada um com sua empresa e torcendo um pelo sucesso do outro.

O empreendedorismo é a mola propulsora da economia de qualquer país, gera empregos e riquezas, a independência financeira transforma mulheres em protagonistas da própria vida, aumenta a autoestima, afinal, quem não gosta de se sentir útil e produtivo?

Dizem que quando nasce uma criança, nasce uma empreendedora, que no ideograma chinês a crise é igual à oportunidade, que empreender é o sonho da maior parte dos brasileiros.

A verdade é que muitos de nós se transforma em empreendedor por necessidade, para sobreviver, porque perdeu o emprego e os boletos não param de chegar, é assim que executivas perdem seus empregos e viram donas do próprio negócio e do próprio nariz.

Sem horário de entrada ou saída, sem férias ou 13º, sem dormir imaginando como vai resolver os pepinos gigantes, tendo que aprender da noite para o dia o significado de custos fixos, custos variáveis, precificação, entender o mercado, o marketing, o cliente, escolher fornecedores, embalagens, decifrar a contabilidade e legislação.

Parece loucura, como é que alguém em sã consciência escolhe arriscar tanto?

É como dizem os investidores, quanto maior o risco, maior o retorno esperado, lembrando que quanto maior o risco, maior também pode ser a perda e o tombo.

Não tem jeito, para algumas pessoas empreender é uma forma de viver, está no sangue, corre na veia uma vontade de inventar, de criar, de fazer.

Numa conversa entre amigas recebi o que considero um grande elogio, me chamaram de empreendedora de empreendedoras, que ajudo as mulheres a realizarem seus sonhos, a chegarem onde quiserem, a caminhar mesmo com medo e borboletas no estomago.

Ganhei meu dia!

Na vida o que importa são as pessoas! Fazer negócios e ganhar dinheiro é excelente mas viver rodeada pela família e amigos é melhor ainda!

“Transforme aquelas pequenas centelhas de possibilidades nas chamas de uma realização concreta.”  Golda Meir

 

Lilian Schiavo

 

**O conteúdo e informação publicado é responsabilidade exclusiva do colunista e não expressa necessariamente a opinião deste site.

Imagem: ACIF

 

 

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