Como já disse a adorável Rita Lee, “Imaginação é quando a inteligência se diverte”. E melhor ainda é quando trabalhamos com a imaginação. Há satisfação maior do que ter como ocupação aquilo de que se gosta? E é exatamente isso o que o trabalho em televisão e cinema nos proporciona: trabalhar com a imaginação, que é pura diversão.
Este pacote paradoxal, “trabalho + diversão // esforço + curtição”, é inerente a todas as novelas que classificamos como temáticas, e cujos adereços serão o foco da coluna de hoje.
Lembram-se de “O Beijo do Vampiro”, 2003? Depois do sucesso de “Vamp” nos anos 90, o autor Antônio Calmon e o diretor Marcos Paulo decidiram repetir a dose vampiresca no folhetim das 19h. “O Beijo…” pode não ter sido o mesmo sucesso de audiência de sua antecessora, mas constituiu um verdadeiro presente para a equipe de Produção de Arte, Figurino, Cenografia e Efeitos Especiais.
Os modernos vampiros da telenovela tomavam sangue em garrafas de cristal mantidas em geladeira, iam às compras, usavam celular, falavam com um monstro no espelho através da tecnologia de um controle remoto, eram assinantes e leitores assíduos da revista Dentões (uma espécie de Quem ou Caras vampírica, dormiam em caixões customizados, iam à praia, davam festas, se candidatavam na política, namoravam, casavam e geravam filhos! Produzir isto tudo foi um prazeroso processo para as equipes criativas do programa. Uma pena que não se pode mostrar todo este universo nos megabytes de uma só coluna. Certamente, daria um belo livro (quem sabe um dia? Rsss)
Vejam um pouquinho deste mundo, ou melhor, deste outro mundo, nos slides abaixo: