Flávia Raucci: Crianças e cavalos

Está aí uma química dá certo!!!

Não só combinam, como fazem muito bem um ao outro.

Uma vez eu li em algum lugar, não me recordo onde, uma consideração sobre crianças e cavalos que cabe exatamente nessa matéria.

“Toda criança deve aprender três coisas :

-Nadar, por uma questão de sobrevivência;

– Praticar um esporte em equipe, para se socializar e organizar-se em grupo;

-Andar a cavalo, para aprender todo o resto ”.

A relação de uma criança com um cavalo a ensina muito sobre liberdade, respeito, autonomia, parceria, amor, amizade, agilidade, cautela, concentração, criatividade e improviso. Ela traz inclusive benefícios terapêuticos.

E foi por esse motivo que surgiu a Equoterapia e o cavalo se tornou protagonista de terapias de reabilitação de adultos e crianças não só com deficiências mais severas, como Síndrome de Down, autismo, esquizofrenia, psicoses, deficiências visuais e auditivas, mas também para melhorar dificuldades escolares e de relacionamentos sociais como distúrbio de atenção, percepção, fala, linguagem, hiperatividade, timidez, agressividade, ansiedade, compulsão, distúrbios alimentares, insônia e por aí vai…

Durante as sessões que duram por volta de 30 minutos, os terapeutas reúnem técnicas de equitação com estimulação da linguagem, tato, orientação de espaço e de tempo, memória, percepção visual e auditiva, direção, raciocínio e vários outros estímulos.

A Equoterapia é um tipo de terapia, mas não substitui as outras. É uma terapia complementar que auxilia nos tratamentos e exercícios que foram orientados pelos médicos, psicólogos ou educadores da criança.

Para saber mais sobre e encontrar os centros de Equoterapia mais próximos à você, acesse o site www.equoterapia.org.br

Quando uma criança consegue dominar sozinha um cavalo, não estamos mais falando de equoterapia, mas sim de equitação, pois a montaria é realizada como uma atividade lúdica ou esportiva.

Mas o que realmente importa é que os ensinamentos que um cavalo proporciona a uma criança tendo deficiência ou não são tantos que faz com que ela aprenda a pensar mais rápido que o cavalo, a raciocinar sobre o percurso que irá fazer, a como movimentar seu corpo, mãos e pernas para que o animal compreenda o que ela quer, entre tantos outros aprendizados.

Não podemos deixar de falar aqui sobre os devidos cuidados que devemos tomar para evitar acidentes e situações que colocam em risco a segurança das crianças. Os cavalos pesam em torno de 500 Kg, um pouco mais ou um pouco menos. Portanto, não podemos medir força e nem tamanho com eles. Um pisão, um coice, uma queda, uma colisão, enfim, tudo é potencializado pela sua grande dimensão.

O cavalo, por sua vez, não tem noção da sua força e não vai ter a intenção de machucar ou ferir ninguém. Mas pode acontecer uma reação ou situação inesperada, e é por isso que precisamos estar sempre atentos.

Nunca devemos esquecer de usar os equipamentos de segurança. Lembrando que um bom instrutor pode e deve orientar os pais e as crianças sobre prevenção de acidentes.

Geralmente, em hípicas ou centros de equoterapia, a seleção dos cavalos que serão utilizados pelas crianças é feita com os de temperamento bem dócil. Além disso, em lugares especializados, as crianças sempre são orientadas e acompanhadas por um instrutor.

Se você tem crianças na família, vale a pena essa experiência! E já vou avisando… as crianças se apaixonam. Ao conviver com esse incrível animal, elas se dão conta da grandeza do coração de um cavalo. E ao montar passam a ver o mundo por outra perspectiva, melhorando inclusive a sua autoestima.

Até a semana que vem, com mais cavalos em nossas vidas!!

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